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Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2019 às 10:01
- Atualizado há 2 anos
Um tremor de terra assustou moradores de cidades do Centro-Sul do estado na madrugada deste sábado (9). O abalo aconteceu por volta das 4h30 e teve magnitude de 3,5, de acordo com o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A origem do tremor foi na cidade de Amargosa, mas, segundo o professor Aderson do Nascimento, coordenador do LabSis, pode ter sido sentido em municípios até 40 quilômetros distantes do epicentro. Nas redes sociais, há relatos de moradores de cidades como Mutuípe, São Miguel das Matas, Mutuípe e Elísio Medrado. “A região do evento é conhecida por ser uma região sísmica, desde o tempo do Império”, afirmou o professor, ao CORREIO, por telefone. De forma geral, o Brasil é conhecido por não registrar grandes terremotos, devido ao fato de estar localizado em cima de uma placa tectônica. No entanto, em algumas localidades do país – além do próprio do Recôncavo, lugares como o agreste pernambucano e a borda da bacia potiguar –, acontecimentos como esse são relativamente comuns.
Além do Brasil, locais como o interior dos Estados Unidos e da África do Sul também estão no interior de placas tectônicas.
“Uma explicação definitiva é matéria de debate científico. O que ocorre é uma conjunção de fatores como sendo uma fratura pré-existente, uma herança geológica que pode estar sendo reativada. É como se você tivesse imprensando uma área muito grande na rocha e liberando energia na forma desses eventos”, explicou.
A magnitude – de até 3,5 – é considerada de pequena a moderada. A duração deve variar de acordo com o local onde foi sentido, porém, não costuma passar de alguns segundos.
“Hoje em dia, é muito mais fácil fazer esse levantamento das localidades que sentiram porque tem internet, blogs locais. Às vezes, as pessoas acham que está tendo mais terremoto, mas é porque tem mais divulgação”.
Confira algumas das reações de moradores no Twitter