Tragédia da Cavalo Marinho: familiares e sobreviventes fazem passeata para cobrar justiça

Grupo homenageou os 19 mortos no acidente, que aconteceu em 2017, e pediu celeridade no julgamento do caso

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  • Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2022 às 23:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: reprodução

Sobreviventes e familiares das vítimas da tragédia de Mar Grande, como ficou conhecido o acidente com a lancha Cavalo Marinho I, ocorrido há cinco anos na Baía de Todos-os-Santos, fizeram, nesta quarta-feira (24), um protesto, em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, para cobrar celeridade no julgamento do caso. 

Ao todo,19 pessoas morreram quando a lancha Cavalo Marinho I adernou após ser atingida por três fortes ondas, poucos minutos após deixar o terminal de Mar Grande. Desde então, sobreviventes e familiares esperam indenizações. Havia 116 passageiros e 4 tripulantes na embarcação na hora do acidente. 

O grupo se reuniu na Praça do Riachinho e seguiu até o terminal de embarque. Flores foram jogadas no mar em homenagem aos mortos na tragédia. A passeata dos familiares, amigos e sobreviventes, muitos chorando, foi feita em silêncio, somente com músicas religiosas de fundo. 

Além dos 19 mortos, o acidente ainda deixou 54 feridos, mas até o momento ninguém foi responsabilizado pelo crime, as ações não foram julgadas e ninguém foi indenizado. O processo criminal já foi concluído, mas é necessário a decisão do juiz, que ainda não foi anunciada e não tem data. 

"Cinco anos e não se resolve nada. As famílias estão passando dificuldades. Ano passado tivemos audiência de conciliação e o advogado teve a coragem de dizer que eles pagariam 5 mil para sobreviventes e 7 mil para as famílias de  quem morreu. Quem não aceitasse não iria receber nada", disse Jucimeire Santana, uma das  sobreviventes, à TV Bahia.

"Esse dia está na memória e não vai se apagar", disse o socorrista Jaeliton Batista.