Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Pinturas rupestres, artefatos líticos e cerâmicos foram encontrados durante implantação do Conjunto Eólico Campo Largo 2 em Umburanas e Sento Sé
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2021 às 17:47
- Atualizado há um ano
Cerca de 50 sítios arqueológicos foram identificados durante as obras do Conjunto Eólico Campo Largo 2, em implantação pela empresa Engie nos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia. A empresa adotou diversas medidas para garantir a proteção e preservação do patrimônio arqueológico, cultural e histórico do local, a partir de um programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico. Durante a execução dos trabalhos, as equipes encontraram, além de pinturas rupestres, artefatos líticos- ferramentas feitas de pedra, como machados e outros instrumentos para moer e cortar. [[galeria]] De acordo com a arqueóloga da Engie, Luciana Ribeiro, os sítios localizados nas áreas dos empreendimentos implantados pela Companhia na região tiveram datações bem distintas.“Temos áreas com aproximadamente 1.000 anos antes do presente; outras entre 2.000 a 2.900 anos antes do presente e outras com 3.000 a 3.920 anos antes do presente. Com relação às pinturas, não se conseguiram dados nos sítios arqueológicos escavados para chegar às datações, mas há indícios, pela análise dos suportes, que foram repintadas por grupos do passado”,disse a arqueóloga, ressaltando que indícios mostram ainda a ocupação e passagem de grupos caçadores, que seiam coletores ou ceramistas nos locais e na região. Etapas do trabalho As atividades de arqueologia no local iniciaram ainda durante o planejamento do Conjunto Eólico Campo Largo 2, quando foi realizada uma análise completa do potencial arqueológico da região atingida pelo projeto. O trabalho seguiu na fase de execução da obra, em que as equipes acompanharam as atividades de supressão e movimentação de terra a fim de garantir o resgate de sítios identificados nestas áreas. A ação segue até a etapa final do projeto. De acordo com Luciana, o estudo possibilitou o levantamento das populações pré-históricas e históricas e seus hábitos de vida. “Todos os sítios arqueológicos encontrados na região foram analisados a luz de estudos feitos no passado, cruzando os dados com pesquisas atuais”, destaca. O trabalho de remoção e registro dos materiais seguiu protocolos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) da Bahia e foi registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).