Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Sambista Riachão já narrou o 'adeus final' da rainha Elizabeth II à Bahia; veja

Canção "Visita da Rainha Elizabeth" retrata passagem da monarca a Salvador

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2022 às 18:53

. Crédito: Foto: Secom/Acervo Arquivo Publico da Bahia

O sambista Riachão, baiano natural de Salvador, já narrou em uma música a passagem da rainha Elizabeth II pela Bahia, em 1968. O artista, que morreu de causas naturais em 2020 aos 98 anos, fez uma bela homenagem à monarca inglesa. Elizabeth morreu nesta quinta-feira (8), após uma piora no quadro de saúde, que já vinha frágil nos últimos meses.

"Da Inglaterra veio direto ao Brasil, sei que você também a viu em plena Avenida Sete", cantarola Riachão em trecho da canção. O vídeo, veiculado na internet, não aponta a data exata na qual foi produzido, mas mostra imagens da então rainha, em passeios pelas ruas de Salvador, ao som da canção intitulada "Visita da Rainha Elizabeth".

De acordo com Riachão, dentre os passeios a locais emblemáticos da capital, a inglesa já passou, inclusive, pelo Mercado Modelo. "Foi à catedral, ao São Francisco, fez uma oração oficial". Depois foi ao museu, ao Mercado Modelo, "seguiu para a marinha, a Bahia assistia o seu adeus final".

Visita à Bahia

Na passagem ao Brasil, a monarca do Reino Unido, ao lado do marido Princípe Philip, fez um passeio por Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e, claro, Salvador.

Dentre as histórias relatadas sobre a visita, o colunista Nelson Cadena, do CORREIO, contou em um texto de 2012 que o motorista que levaria a rainha se descuidou e não estacionou na sombra. Ao sentar no banco de couro do Lincoln 153, a majestade teria se assustado. A cena provocou o espanto dos presentes e resultou num pequeno atraso em sua agenda.

A primeira parada de Elizabeth e Philip foi o Mercado Modelo. O chão do local, que era de cimento, foi coberto com uma esteira de sisal para não ferir os pés reais. 

No ponto turístico, o casal apreciou as barraquinhas de folha, o artesanato, bebeu um suco de pitanga e aceitou, de bom grado, ornamentos de prata confeccionados pelo joalheiro Gerson, por encomenda de Camafeu de Oxóssi, em nome dos barraqueiros.

Após deixar o Mercado Modelo, a corte partiu em direção a Ladeira da Conceição, novinha em folha com uma camada de asfalto passada no dia anterior. 

Com bandeiras da Inglaterra, milhares de baianos se aglomeravam pelo caminho na tentativa de dar uma espiadinha no casal real.

Logo depois, a rainha reuniu-se com os ingleses residentes em Salvador na Igreja Anglicana, participou de uma solenidade no Palácio da Aclamação, presentes as autoridades do estado e 120 casais convidados, inclusive intelectuais e artistas como Jorge Amado e Carybé; visitou a Igreja de São Francisco e o Museu de Arte Sacra antes de embarcar de volta no Britânia, o navio real que a conduziria ao Rio de Janeiro, próxima parada em sua tour na terra de Pindorama.

Então, o navio cruzou o Farol da Barra, seguido de duas corvetas inglesas e muitos saveiros em solene procissão, o povo baiano da orla apreciando o cortejo.

Riachão

Riachão foi um sambista que seguiu o estilo do samba irreverente, com composições bem humoradas, como "Cada macaco no seu galho" "Vá morar com o diabo", "Retrato da Bahia, "Bochechuda e papuda", "A morte do motorista da Praça da Sé", "A martaruga", "Incêndio no Mercado Modelo" e "Visita da Rainha Elizabeth".