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Luan Santos
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 19:41
- Atualizado há 2 anos
O governador Rui Costa (PT) afirmou nesta segunda-feira (4) que apoia o projeto Anticrime apresentado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro. Rui esteve em Brasília para assistir à apresentação e disse, após discurso realizado na abertura dos trabalhos da Assembleia, defender o endurecimento da legislação para combater os elevados índices de violência.>
"Preciso ler o projeto, até porque ele apresentou lá os principais pontos, mas conceitualmente eu manifestei meu apoio. Um país onde morrem 61 mil pessoas assassinadas, não é possível assistir isso passivamente", frisou o governador.>
Ele afirmou também que apresentou uma proposta a Moro, para incluir no projeto, que visa restringir a soltura de pessoas presas portando armamento pesado a partir de maior e melhor regulação sobre as audiências de custódia. >
"É preciso regular melhor a audiência de custódia. Não concordo que uma pessoa com um fuzil, uma escopeta, uma metralhadora, seja libertada na audiência de custódia. É preciso investigar de onde veio essa arma, quais as relações dessa pessoa. Esse tipo de armamento não é para qualquer pessoa ter acesso. É preciso investigar, e não soltar a pessoa no mesmo dia. Sugerimos que haja restrição para soltura de pessoas pegas com armamento pesado como esses", disse. >
Mesmo sendo de partido opositor ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), Rui disse que não vai se opor a tudo que for proposto, se não houver um motivo real para isso. "O que o povo brasileiro quer é que as ruas não sejam dominadas por bandidos. Não posso me omitir e adotar uma postura de oposição pela oposição. Aquilo que eu entender que vai melhorar a vida das pessoas, eu vou apoiar".O discurso feito no Plenário da Assembleia durou quase uma hora. Nele, Rui exaltou realizações de seu primeiro mandato, como as policlínicas e hospitais inaugurados, e falou sobre desafios e promessas para os próximos quatro anos, especialmente na área da educação - a qual o petista dedicou boa parte da apresentação. >
"Educação não é tarefa de um secretário, do governador, de um prefeito. É algo que se constrói pela sociedade, pelas famílias. Mais do que mudanças, faremos grande mutirão para colher melhoria substancial nos indicadores", afirmou.>