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Da Redação
Publicado em 31 de março de 2022 às 19:27
Trabalhadores da Educação de Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, decretaram greve, nesta quinta-feira (31), e, em protesto, centenas de educadores ocuparam a prefeitura municipal, onde permanecem acampados, pedindo uma audiência com o prefeito, Colbert Martins. No local, a Guarda Municipal tentou interromper a manifestação com gás de pimenta e chegou a agredir a categoria, vereadores e jornalistas.>
De acordo com a Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), uma mulher chegou a ser atingida pelo gás de pimenta e precisou de atendimento médico no local. Entre as reivindicações dos professores estão o pagamento dos precatórios do Fundef, reajuste salarial, enquadramento, licença prêmio em pecúnia, mudança de referência, pagamento integral dos salários, entre outros.>
“Todo nosso apoio aos profissionais de ensino de Feira. Vamos resistir e cobrar do prefeito respeito à categoria”, disse Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.>
A gestão municipal afirmou, por meio de nota, que foi surpreendido no final da manhã desta quinta com "uma manifestação político-partidária, com professores ligados à APLB, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Torres, vestido com uma camisa do PT e PSD, o vice-presidente da Câmara Municipal, também do PT, Silvio Dias, o vereador Jonathas Monteiro, do PSOL, e outros da oposição". >
"Diante dos ânimos exaltados dos manifestantes que invadiram o Paço Municipal Maria Quitéria, sede da Prefeitura, a Guarda Municipal agiu dentro do necessário para exclusivamente defender o patrimônio público, até porque o prédio é tombado como patrimônio histórico e cultural", declarou a prefeitura. >
De acordo com o comunicado, os manifestantes chegaram a danificar algumas portas, quebrando vidros, invadindo salas da Secretaria de Governo e também teriam tentado agredir funcionários do Executivo Feirense. "Outros tiveram que ficar recolhidos nas dependências da Prefeitura temerosos em sofrer um possível ato de violência. Uma funcionária chegou a desmaiar. Ambulâncias do SAMU foram acionadas por servidores do Paço Municipal". >
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A prefeitura argumenta ainda que manteve uma reunião de negociação com os professores, garantido o pagamento do piso salarial nacional na noite de quarta-feira (30). "A invasão à Prefeitura é um total desrespeito ao povo de Feira de Santana e surpreende que autoridades constituídas, como o presidente do Poder Legislativo, esteja na liderança de um ato de vandalismo como este", pontua. Segundo a nota, serviços essenciais ficaram comprometidos por conta da ocupação. >
O vereador Jonathas Monteiro informou que os professores pediram que os vereadores fizessem a mediação da conversa com a prefeitura, mas a pauta de reivindicação não teve avanço do governo municipal. Por isso, eles decidiram ir à prefeitura nesta tarde para tentar um diálogo. "Não fomos atendidos e decidimos ocupar o local, que é público, de forma pacífica, mas os guardas municipais chegaram com agressões verbais e diferentes formas de intimidação", declarou o político feirense. >
A ocupação começou pela manhã e, segundo o vereador, o prefeito de Feira de Santana mandou trancar a Casa com cerca de 150 manifestantes lá dentro. >