Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2021 às 14:55
- Atualizado há 2 anos
Um investigador foi preso e um delegado da Polícia Civil foi afastado do cargo por conta de uma operação conjunta entre a Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA). Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta-feira (2) nas cidades de Cachoeira e Seabra, na região da Chapada Diamantina.
Nessa nova fase, o objetivo é apurar a participação de policiais civis em crimes de tráfico e associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, fraudes processuais e outros. Foram apreendidas armas de fogo, celulares e documentos referentes à compra de imóveis, segundo o corregedor-geral da SSP, Nelson Pires. Todo material recolhido será analisado para verificar se há ligação entre os servidores investigados e traficantes de maconha da região.
A polícia não divulgou os nomes nem confirmou ondem eram lotados o policial preso e o delegado afastado. Segundo o MP, dois outros policiais e um agente administrativo também foram afastados das funções. A investigação, contudo, é centrada na 13ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Seabra).
O MP diz que há indícios da prática de tráfico de drogas por policiais que trabalham nessa Coorpin. Em junho do ano passado, uma investigação descobriu uma grande plantação de maconha na zona rural da cidade - a estimativa era de uma colheita que resultasse em 3 toneladas da droga. Parte da droga apreendida em junho, em Seabra. Parte foi preservada, aponta investigação (Foto: Divulgação) Os traficantes e os policiais, com intermédio de um empresário que tinha muita influência, combinaram uma propina de R$ 220 mil para que a droga apreendida não fosse totalmente incinerada. Assim, os policiais permitiram que parte da colheita ficasse com os criminosos, e ainda ajudaram a fazer o transporte com viaturas da polícia. O armazenamento foi em propriedade rural do empresário, antes da droga seguir para Salvador.
Deflagrada em abril deste ano, a operação teve na primeira fase dois outros policiais civis presos. Também foram detidos na ocasião um empresário e um quarto suspeito, flagrado com drogas.