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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2021 às 07:59
- Atualizado há 2 anos
Três policiais militares investigados pela morte de um homem depois de uma confusão em bar de Barreiras, no oeste baiano, foram afastados do serviço, confirmou a Polícia Militar nesta segunda-feira (20). Os nomes e cargos dos PMs investigados não foram divulgados.
O crime aconteceu em 7 de setembro. Carlos Henrique de Sousa, de 21 anos, teria tentado defender a esposa do assédio praticado pelos agentes de segurança, que não estavam a serviço.
"O comandante da 83ª CIPM abriu um procedimento apuratório, para, no prazo de 30 dias, investigar a autoria e a materialidade do fato, que também está sendo apurado pela Polícia Civil", diz a PM em nota.
Crime Era noite do feriado pelo Dia Independência do Brasil quando Carlos Henrique foi se divertir com a esposa e familiares no estabelecimento. A irmã da vítima, Carla Patricia Dias de Sousa, 29 anos, não estava presente, mas contou sobre o que ouviu diretamente do irmão mais velho Wellington, que testemunhou o crime. “Eles estavam lá nesse bar, que é tipo um clube fechado. Lá no bar, dizem que esses policiais estavam desde cedo caçando confusão com algumas pessoas”, diz Carla, em entrevista ao CORREIO. “Meus dois irmãos, meu sobrinho e cunhada [esposa de Carlos Henrique] iam passando e os policiais começaram a caçar confusão com eles, os policiais estavam muito alterados. Um deles começou a dizer que ele era ‘polícia’, que era polícia e depois começou uma discussão.”Ela relata que um dos PMs tinha dado uma cantada na esposa da vítima, que não gostou da situação e foi defender a companheira. Foi quando um dos PMs teria efetuado o primeiro disparo, que assustou os presentes, dando início a uma correria. “Eles abordaram meu irmão e um deles puxou a arma e deu um tiro, aí todo mundo saiu correndo. Os policiais foram atrás do meu irmão e pegaram ele. Ainda bateram nele e o executaram com um tiro nas costas, que atravessou o peito”, conta Carla.
A família, afirma Carla, está se sentindo completamente perdida e aflita com toda a situação. “Tinha uma semana que meu irmão tinha completado 21 anos, era muito jovem. Era muito trabalhador, mesmo que jovem, estava muito feliz no serviço. Estava conquistando as coisas dele, porque ele tinha acabado de casar. Sabe aquele exemplo da família? Aquele menino só trazia orgulho pra gente. A gente está perdido, a gente está desesperado, a gente quer justiça. Hoje é a minha família que chora, mas e amanhã? Quem vai chorar?”, desabafa.