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Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2009 às 15:01
- Atualizado há 2 anos
Pescadores de nove cidades da região do São Francisco que estão há dois meses sem receber o seguro-desemprego estão em frente a sede da Delegacia Regional do Trabalho em Juazeiro. Os cerca de 150 manifestantes estão reunidos com o gerente da DRT, Hélio Ferreira de Souza, desde às 9h30. Os pescadores dizem que só deixam o local depois de uma decisão. Os trabalhadores são das colônias de Sento Sé, Sobradinho, Remanso, Pilão Arcado, Juazeiro, Curaça, Casa Nova. Cada unidade tem, em média, dois mil pescadores.
Segundo Vera Lúcia Ferreira, presidente da Colônia de Pescadores de Remanso, a DRT alega que há uma deficiência de funcionários para lançar o nome dos pescadores que têm direito ao benefício no sistema do órgão. Este fato tem atrasado a liberação das verbas para os trabalhadores.
Segundo ela ainda, 60% dos pescadores dos municípios de Remanso, Itiúba, Juazeiro, Casa Nova e Sobradinho ainda não receberam nenhuma parcela do seguro-desemprego que deveria ter saído em novembro.
Desde o dia primeiro de novembro começou o período de reprodução dos peixes, conhecida como piracema, no qual fica proibida a pesca com linha até o mês de fevereiro quando a atividade volta a ser liberada. 'O pescador pega hoje para comer amanhã. Isso é um massacre. Estamos proibidos de pescar, se não o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais) autua o pescador, queima e apreende seus objetos de trabalho. E com o atraso do pagamento do seguro-desemprego, os pescadores não têm como alimentar sua família, pagar o aluguel, comer, arcar com seus compromissos', explicou a presidente da Colônia de Pescadores de Remanso.ExplicaçõesEm nota oficial, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) informou que 'equipe técnica já foi enviada para de Gerência de Juazeiro e providências já foram tomadas para solucionar o problema até o fim de semana'.
(Notícia atualizada às 18h19)
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