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Raquel Saraiva
Publicado em 25 de setembro de 2017 às 10:28
- Atualizado há 2 anos
O motorista do aplicativo Uber Juraci Laércio Guimarães Cal Filho, 37 anos, foi encontrado morto no sábado (23) em Feira de Santana, no Centro-Norte do estado. A vítima saiu de Salvador na noite de sexta-feira, por volta de 22h20, para fazer uma corrida particular, fora do aplicativo, até Feira. De acordo com a família, a suspeita é de que ele tenha sido vítima de latrocínio - roubo seguido de morte. Foto: Reprodução/Facebook Os parentes começaram a divulgar imagens de Juraci ainda no sábado em redes sociais e via WhatsApp, em busca de informações. O motorista foi encontrado morto na tarde deste domingo. Como o aplicativo estava desligado, não houve registro de informações sobre o passageiro e nem sobre o trajeto efetuado pelo motorista. Parentes reconheceram o corpo da vítima por conta de uma tatuagem.
Ainda não há informações sobre a pessoa que solicitou a viagem, segundo a família. O corpo de Juraci foi enterrado nesta segunda-feira (25), às 16h, no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador.
A empresa Uber não impede que os motoristas façam corridas fora do aplicativo, já que eles não têm vínculo empregatício com a empresa. De acordo com Claudio Roberto Sena, da Associação de Motoristas Particulares (Ampaba), os motoristas devem adotar alguns cuidados ao realizar esse tipo de viagem.
"Recomendo que só sejam feitas corridas para pessoas conhecidas ou que tenham referência, como parentes de amigos. Nunca aceitem fazer uma viagem assim para alguém desconhecido que te abordou na rua", recomendou o representante da Ampaba.
Homenagem Laércio, também conhecido como Jurinha, recebeu mensagens de familiares e amigos nas redes sociais. Em uma delas, um usuário do Facebook publicou a seguinte mensagem: "Das memórias boas: Jurinha era o único entre os bambas da São José de Cima (ou Augusto Guimarães) que pulava entre os telhados. Era leve, rápido, corajoso. Murro magro, seco, rápido, também estava entre os que não corriam de uma briga boa na rua. Ninguém segurava aquele menino que virou pai e muito trabalhador. Não negava trabalho e não negava ajuda. Gostava dele, tínhamos um carinho especial por ele. Depois de quase 10 anos distante, sempre nos vendo de longe, ele me recebeu na rua, na nossa rua, com um "Dan! Que bom te ver de novo!! Tá de volta!", era assim ele. Quando seu filho morreu, em uma fatalidade, ele se manteve forte e conseguiu reerguer toda a família que estava destroçada. Apesar das dificuldades e dos caminhos tomados na vida tinha um olhar de criança, de esperança. Um abraço em toda a família Telminha, Daniela, Fernando, e todos os irmãos e tios de uma família realmente grande. Foi assassinado, trabalhando. Meus sentimentos e pesar."