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Médico que matou colega em Feira é acusado de usar CRM de outra pessoa em atendimentos

Geraldo Júnior não revalidou o diploma para trabalhar no Brasil e polícia investiga se isso motivou a morte do médico Andrade Lopes Santana

  • Foto do(a) author(a) Vinicius Nascimento
  • Vinicius Nascimento

Publicado em 14 de junho de 2021 às 20:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Aldo Mattos/Acorda Cidade

A Polícia Civil da Bahia está investigando uma possível fraude cometida pelo médico Geraldo Freitas Júnior, que confessou matar o colega Andrade Lopes Santana. De acordo com o delegado Roberto Leal, Geraldo Freitas teria usado o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de uma outra pessoa para atender pacientes no município de Santa Teresinha, cidade a 85km de Feira.

Geraldo se formou em Medicina na Bolívia juntamente a Andrade e um outro colega, identificado como Alan da Silva Floriano. Após formados, os três passaram a trabalhar na Bahia prestando serviços para o programa Mais Médicos. 

De acordo com Roberto Leal, Geraldo não revalidou o diploma para conseguir autorização necessária a exercer a medicina no Brasil e chegou a utilizar o CRM de outra pessoa para atender pacientes em municípios na região de Feira de Santana.

Segundo o delegado, a Polícia investiga se essa utilização do CRM de terceiro pode ter a ver com a motivação do crime - que ainda é desconhecida. "Vamos escutar mais testemunhas porque precisamos saber se havia algum tipo de problema com o fato dele não ter o CRM, inclusive queremos saber se ele utilizou o registro de Andrade ou Alan", afirmou.

De acordo com o delegado, Alan Floriano prestou depoimento na última semana e confirmou que havia uma inimizade entre ele e Geraldo Júnior por conta de uma dívida na compra de um carro há anos atrás. Basicamente, Geraldo fez a compra do veículo no nome de Alan e houve atraso no pagamento das prestações, o que gerou uma série de desentendimentos entre os dois. 

Investigação A Polícia não descarta que outras pessoas tenham participação no crime que tirou a vida do médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos. Natural do Acre, ele Andrade Lopes Santana desapareceu no dia 24 de maio quando estava saindo de Araci, em direção à Feira de Santana e teve seu

 corpo encontrado no dia 28 no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos com uma marca de tiro na nuca. Mas já no dia 25, um colega de Andrade, também médico, prestou queixa na 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, comunicando seu desaparecimento.

Esse colega foi preso em sua casa, no bairro de Santa Mônica, momentos após o corpo ter sido encontrado. No mesmo dia, o delegado Roberto Leal afirmou em entrevista ao CORREIO que o homem se tornou o principal suspeito do crime por cair em uma série de contradições durante o depoimento.

Uma das contradições do suspeito foi de que Andrade tinha comentado que sairia para comprar uma moto aquática para os dois passearem no Rio Jacuípe. De acordo com o delegado, essa hipótese já havia sido descartada. 

O suspeito era tão próximo à vítima que recebeu os familiares dele em casa. Andrade não tinha parentes na Bahia, já que toda a sua família mora no estado do Acre, no Norte do país. A família tinha vindo do Acre para acompanhar as investigações do caso. Para a família de Andrade, o suspeito afirmou que o acusado do crime teria apontado amigos do médico como suspeitos de envolvimento no crime para tentar despistar sua participação.

Após ser preso, Geraldo Júnior confessou o crime. Inicialmente, ele afirmou que ma premonição em um sonho foi o motivo do assassinato. Geraldo Júnior, que também é médico, isse que um familiar dele, que seria ligado a uma religião esotérica, teve um sonho, onde Geraldo era morto por duas pessoas, uma delas vestindo uma camisa de um time de futebol. 

Ainda de acordo com o depoimento, Geraldo teria acreditado no sonho e no dia em que encontrou Andrade para comenter o crime, o amigo vestia a mesma camisa citada no sonho. O depoimento do acusado durou cerca de 7h.

Posteriormente, o homem apresentou uma nova versão. Os advogados de defesa agora afirmam que a única motivação para o crime teria sido a troca de mensagens que o suspeito afirmou ter visto entre Andrade Lopes e um outro médico, por quem teria desafeto.