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Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2022 às 14:32
Os ataques promovidos por grileiros invasores dos territórios indígenas do sul da Bahia foram denunciados na última segunda-feira (7), ao Ministério Público e Defensorias, em Teixeira de Freitas.
O povo Pataxó foi representado por lideranças das comunidades da região. Foram relatados conflitos locais pela terra, violações de seus direitos, perseguições, ameaças e assassinatos.
A ação foi um desdobramento da I Caravana Intercultural Indígena, da Aduneb (Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia) e pelo Cepiti (Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural e da Temática Indígena), que visitou comunidades da Região do Descobrimento em outubro, após o assassinato do adolescente Pataxó Gustavo Conceição da Silva, de apenas 14 anos, com um tiro de fuzil.
As mais de 30 entidades que participaram da Caravana coletaram denúncias em cada local visitado. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) instaurou procedimentos quando tomou conhecimento das denúncias.
De acordo com a Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, a segurança é hoje o maior problema das comunidades da região. Crianças e jovens indígenas tem sido obrigados a interromper suas frequências às aulas nas escolas indígenas afetadas e na universidade.
De parte dos povos, há apelos para que as autoridades desarmem e investiguem a origem das armas pesadas e munições destes vizinhos.
O evento realizado no Campus da Uneb (Universidade do Estado da Bahia) de Teixeira de Freitas reuniu representações de entidades que atuam na defesa dos povos originários como o Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública da Bahia, CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
O representante da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) participou como Observador das Comissões de Meio Ambiente e de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos.