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Segundo Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, vítima tinha desde de abril medida protetiva impedindo ex de se aproximar dela
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2017 às 21:35
- Atualizado há 2 anos
Uma jovem de 20 anos foi morta a tiros na noite da terça-feira (20) em Juazeiro, no norte da Bahia. Laise dos Santos Silva estava retornando de mototáxi do trabalho, no bairro Itaberaba, quando foi atacada. O suspeita pelo crime é o ex-companheiro que não aceitava o fim do namoro entre os dois. Laise já tinha inclusive conseguido uma medida protetiva que proibia o ex de se aproximar dela.(Foto: Reprodução)De acordo com a Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade (Deam), Laise prestou queixa contra o ex no começo do ano. Ela relatou que na época ele tentou matá-la, atirando contra a jovem - o tiro não pegou. Desde abril, a jovem tinha uma medida protetiva contra o ex. Na terça, durante o crime, além de matar Laise o suspeito ainda feriu o mototaxista que a levava para casa.
Identificado como Anderson, o mototaxista foi socorrido para o Hospital Regional por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não ha´detalhes sobre seu estado de saúde. Laise foi socorrida no local pela ambulância, mas não resistiu.
Em nota, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA) informou que está acompanhando o caso e lamentando o crime, além de se solidarizar com familiares de "mais uma abaiana que perde a vida por violência doméstica".
Nesta quarta (21), a SPM entrou em contato com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e com a Secretaria Municipal de Mulheres de Juazeiro para se informar sobre o caso. Julieta Palmeira, titular da pasta, afirmou que é preciso uma união entre governo e sociedade para combater esse tipo de crime. "Não podemos, em pleno século 21, permitir que mulheres sejam assassinadas por machismo. Governo e sociedade precisam estar juntos para acabar com essa prática hedionda. Violência contra as mulheres precisa ser denunciada e o agressor punido. O feminicídio está previsto na lei e esses casos precisam ser tipificados como tal , crime hediondo é inafiançável, ao invés de nomeados como crimes passionais", declarou.