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Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2018 às 21:20
- Atualizado há 2 anos
Após 16 ataques a carros-fortes na Bahia até setembro deste ano, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) criou um grupo com a Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) para troca de informações entre o operacional da entidade e as forças de segurança do estado. A informação foi dada pelo presidente da ABTV, Ruben Schechter, após reunião na tarde desta terça-feira (25), com o secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP), Maurício Barbosa.
De acordo com Ruben, até junho deste ano, a Bahia ocupava o segundo lugar no ranking nacional de ataques a carros-fortes, atrás apenas de São Paulo, com dez ocorrências. A ABTV, no entanto, não tinha dados atualizados da posição atual do estado. São considerados ataques todas as tentativas ocorridas em estrada e calçada, ou seja, quando a equipe já desambarcou do carro.
Procurada, a SSP informou por meio de nota que "solicitou da associação o compartilhamento de informações, assim como fez há dois anos, para que o trabalho preventivo seja realizado da mesma forma exitosa como é com os bancos, onde a Bahia entrou no terceiro ano seguido de redução dos roubos". Questionada, a SSP não deu detalhes sobre o grupo.
Até junho, Ceará, Pernambuco e Paraná vinham logo atrás de São e Bahia, com nove, sete e seis ataques, respectivamente. Conforme Ruben, dos 16 ataques registrados até a presente data, 11 foram consumados, ou seja, os bandidos levaram alguma quantia. Em todas as ocorrências, tanto nas consumadas quanto nas tentativas, de acordo com a ABTV, foram utilizadas armas de grosso calibre, como metralhadoras ponto 50 e fuzis de guerrra.
"A ideia é que o grupo, que vai funcionar com troca de informações entre o nosso operacional e as forças de segurança, tenham encontros regulares para discutir medidas", explicou Ruben, acrescentando que a primeira reunião deve acontecer na próxima semana, ainda sem data definida.
Estratégias A comissão vai ser formada por representantes da empresa e membros indicados pela SSP. Nas reuniões a equipe tratará de algumas pautas, entre elas, tecnologia. "Algumas tecnologias já são utilizadas pela SSP-BA e, agora, formamos esse grupo de estudo, com a SSP e nossos representantes. E, ainda, está prevista uma estratégia de comunicação para localidades específicas, onde a polícia deverá monitorar as áreas durante o trabalho das transportadoras de valores".
A criação do grupo, com número de pessoas indefinido, foi uma sugestação, segundo o presidente da ABTV, de Maurício Barbosa. "A intenção era propor medidas para reduzir a quantidade de assaltos às empresas de valores. O secretário sugeriu [o grupo] e nós achamos bom. Algumas coisas, no entanto, não são da competência do estado, mas do governo federal", afirmou, em referência ao controle da entrada de armamento nas fronteiras e ao controle do uso de explosivos.
Ruben defendeu, ainda, que a autorização do governo para que os vigilantes de carros-fortes tenham autorização apra utilizar armamento mais potente pode melhorar a segurança para a classe.
"Todos os vigilantes têm, obrigatoriamente, uma formação que é fiscalizada e autorizada pela Polícia Federal. Uma vez, a cada dois anos, eles passam por um processo de reciclagem desse curso. Além disso, as empresas também oferecem cursos periódicos para seus vigilantes, manuseio de arma e, especialmente, técnicas de proteção da própria vida e das pessoas que estão em volta".
Conforme Márcio, cinco empresas diferentes atuam em todo o estado da Bahia, dessas, quatro são associadas À ABTV.