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Grilagem no Capão: invasor de terras não comparace à audiência virtual

Justiça remarcará audiência e tenta acordo com acusados de crime ambiental

  • Foto do(a) author(a) Marcela Vilar
  • Marcela Vilar

Publicado em 14 de setembro de 2021 às 16:29

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Divulgação/PM-BA

Acusado de grilagem há mais de 20 anos em terras públicas do Capão, na Chapada Diamantina, um dos principais destinos turísticos da Bahia, José Mariano Batista de Souza não compareceu à audiência com a Justiça, nesta terça-feira (14), que tratava sobre os crimes ambientais que cometeu. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), Mariano invadiu e ocupou ilegalmente uma área no interior do Parque Municipal do Boqueirão, dentre os limites do município de Palmeiras, situado em área de aplicação da Lei da Mata Atlântica. 

O encontro judicial desta terça era de conciliação e visava a desocupação do Parque Boqueirão. Mariano não apareceu, nem o advogado dele, que justificou a ausência com um atestado médico. A audiência era virtual e tratava do processo cível do denunciado, que responde a outras cinco ações na Justiça. O primo de Mariano, Afonso Felinto Timóteo, no entanto, foi à conciliação. Ele é acusado de abrir uma estrada no meio do Parque, de área de 525 m², suprimindo vegetação nativa, à beira do Rio Riachinho.

Segundo o promotor do MP-BA Augusto César Carvalho, Afonso Timóteo reconheceu o erro e tentou acordo com a Justiça. “Ele reconheceu o erro e propôs restaurar todo o dano que efetuou, voltou atrás. Disse que ia fazer um plano de restauração, reflorestar e que ia pagar uma indenização por danos morais a ser estipulada por nós, do Ministério Público”, conta o promotor. 

Por enquanto, até que o acordo seja firmado, o processo dele ficará suspenso por um mês. A expectativa é que ambos fechem acordo no dia 27 de setembro. Caso Timóteo aceite a proposta, ele se livra da ação cível e, consequentemente, de uma possível ação na Justiça. Já a audiência com Mariano será remarcado, ainda sem data definida.  

O CORREIO não conseguiu localizar o atual advogado de Mariano. Os antigos, Alexandro de Souza e Diego Gil Sales dizem não saber quem são os atuais defensores. Procurada a 12 dias, a prefeitura de Palmeiras ainda não enviou resposta. Afonso Timóteo não atendeu às ligações ou respondeu às mensagens.   *Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro