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Missa Festiva acontece no próximo domingo (13)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2022 às 21:27
- Atualizado há 2 anos
Devotos, religiosos e demais admiradores da vida e obra de Irmã Dulce se reúnem nos próximos dias no Santuário Santa Dulce dos Pobres, no Bonfim, para as homenagens em memória pelos 30 anos do falecimento da primeira santa do Brasil. A programação começou nesta quinta-feira (10) e seguirá até o domingo (13), quando se completam três décadas da morte da religiosa.
Com o tema “30 Anos de Presença – Uma Chama de Amor que Nunca se Apaga!”, a programação especial conta com uma Oração do Tríduo hoje, sexta (11) e sábado (12), sempre às 8h. Durante os três dias do tríduo, também são celebradas missas às 7h, exceto no sábado, 8h30,12h e 16h. Já a Missa Festiva acontecerá no domingo (13).
A missa será celebrada às 8h30 pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal Dom Sergio da Rocha. Além da cerimônia festiva, haverá também no domingo missas às 7h, 10h30, 12h e 16h. Todas as celebrações poderão ser assistidas de forma presencial ou através das redes sociais do Santuário: Instagram e Facebook (@santuariosantadulce) e YouTube (santuariosantadulcedospobres).
Durante as homenagens, o Santuário será palco de inúmeras outras celebrações, entre as quais, o Terço em Honra a Santa Dulce dos Pobres; Missa pelos Desempregados; Missa pelos Enfermos; Adoração ao Santíssimo Sacramento; e Missa por Cura e Libertação. A agenda festiva contará também com a exibição de dois programas, com transmissão pelas redes sociais. O primeiro, “A OSID [Obras Sociais Irmã Dulce] Mudou Minha Vida”, será apresentado pelo capelão das Obras, Frei Mário Erky, e reunirá relatos de pessoas que tiveram a vida transformada por meio das ações sociais e espirituais da instituição da santa. Já a segunda atração será o programa “Bate-Papo Espiritual”, conduzido pela missionária Irmã Maiara Santos, que trará reflexões sobre a espiritualidade de Santa Dulce e dos santos da Igreja Católica. (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Programação
Sexta-feira (11 de março)
· 07h: Missa
· 8h: Oração do Tríduo a Santa Dulce dos Pobres
· 8h30: Missa - Presidida por Dom Abade
(após a celebração, será exibido nas redes sociais os programas “A OSID Mudou Minha Vida” e “Bate-Papo Espiritual”).
· 10h: Terço em Honra a Santa Dulce dos Pobres
· 12h: Adoração ao Santíssimo / Missa por Cura e Libertação
· 15h: A Hora da Graça (Adoração ao Santíssimo / Oração do Terço da Misericórdia)
· 16h: Missa
Sábado (12 de março)
· 8h: Oração do Tríduo a Santa Dulce dos Pobres
· 8h30: Missa - Presidida por Dom Valter Magno
(após a celebração, será exibido nas redes sociais os programas “A OSID Mudou Minha Vida” e “Bate-Papo Espiritual”).
· 10h: Terço em Honra a Santa Dulce dos Pobres
· 12h: Adoração ao Santíssimo / Missa pelos Enfermos
· 15h: A Hora da Graça (Adoração ao Santíssimo / Oração do Terço da Misericórdia)
· 16h: Missa
Domingo (13 de março)
· 7h: Missa
· 8h30: Missa - Presidida pelo Arcebispo de Salvador, Dom Sergio da Rocha
· 10h: Terço em Honra a Santa Dulce dos Pobres
· 10h30: Missa
· 12h: Missa
· 16h: Missa
Crise financeira
As homenagens em memória pelos 30 anos do falecimento de Irmã Dulce acompanham também um alerta e um pedido de ajuda, dirigido a toda a sociedade, em virtude da grave crise financeira que ameaça a continuidade dos serviços prestados pela instituição da Santa Dulce dos Pobres. Responsável pela realização de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia, a OSID, que conta com um dos maiores complexos de saúde do país com atendimento 100% gratuito, vem atravessando um momento extremamente delicado, com um déficit operacional de R$24 milhões, valor que ainda pode ser acrescido em R$20 milhões até o final do exercício de 2022 – resultando em um déficit acumulado da ordem de R$44 milhões.
De acordo com a superintendente das Obras Sociais, Maria Rita Pontes, a crise financeira é resultado da insuficiência dos valores recebidos em razão dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS), derivado de contrato designado de Plano Operativo. O contrato em questão não possui cláusula de reajuste, de modo que a remuneração paga à instituição mantém-se inalterada ao longo dos últimos 5 anos, sendo insuficiente para cobrir os custos dos serviços – cenário esse agravado pela pandemia do novo coronavírus e pelo crescimento da inflação nos preços dos insumos, especialmente os hospitalares, resultando assim no aumento das despesas com material hospitalar, medicamentos, entre outros itens.
“Sempre fizemos muito com poucos recursos financeiros. Só que agora, esse pouco está pouco demais. Neste momento em que homenageamos em memória os 30 anos da passagem de Santa Dulce para o céu, faço aqui o meu apelo a toda a sociedade: precisamos, mais do que nunca, da ajuda de todos vocês para seguirmos atendendo à população, principalmente o pobre, o doente, aquele que mais precisa”, ressalta Maria Rita.
Para ajudar a manter vivo o legado de amor e serviço de Irmã Dulce, é possível doar qualquer quantia através do PIX [email protected]; ou efetuar uma doação a partir do site www.irmadulce.org.br/doeagora. Mais informações sobre como ajudar a OSID podem ser obtidas também através da Central de Relacionamento com o Doador, no telefone (71) 3316-8899.
Santa Dulce
Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, tendo recebido o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos, já acolhia mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família – na Rua da Independência, 61, no bairro de Nazaré, em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam a sua porta. Em 1933, Maria Rita ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. No mesmo ano, no dia 13 de agosto, recebe o hábito de freira e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
No dia 26 de maio de 1959, Santa Dulce funda oficialmente a Osid. As raízes da instituição datam de 1949, quando Irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pede autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos. A religiosa baiana foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, tornando-se assim a primeira santa nascida no Brasil. O processo de Canonização de Irmã Dulce foi o terceiro mais rápido da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa).