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Carol Aquino
Publicado em 19 de abril de 2018 às 01:00
- Atualizado há 2 anos
Foto: Matthias Balk/DPA/AFP São João ainda não chegou, mas os baianos já têm um bom motivo para olhar para o céu. É que na segunda quinzena de abril está acontecendo a Lirídeas, chuva de meteoros que enche o céu de “estrelas cadentes”. O fenômeno é anual e em 2018 está bem visível nos estados do Norte e Nordeste.“Este ano, a Lirídeas estará bem visível por causa da posição da Terra em relação ao corpo celeste que está passando, a fase da lua vai ajudar, além de uma série de outros fatores que vão deixar o céu mais limpo”, aponta a geóloga e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Débora Rios, que é estudiosa de meteoros.O pico da chuva destes corpos celestes acontece no próximo domingo (22), quando será possível ver mais estrelas. Segundo ela, o ideal é que a pessoa vá para um local onde não haja tanta luminosidade artificial (como numa praia, por exemplo) para ter uma melhor visualização do fenômeno. Escolhido o local, resta torcer para que o tempo esteja firme, já que muitas nuvens comprometem a visibilidade.
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Cometa Thatcher O causador da Lirídeas é o cometa Thatcher. A órbita dele cruza a órbita da Terra sempre nesta época do ano. Segundo a professora, na verdade, toda noite é possível ver alguns destes meteoros no céu, mas durante a chuva destes corpos celestes é possível ver dúzias de meteoros por hora, desde que o local tenha baixa poluição luminosa.
A geóloga explica que todos os dias corpos celestes adentram a atmosfera terrestre e alguns deles pegam fogo no atrito com o ar, formando os meteoros, ou populares estrelas cadentes. “A chuva de meteoros não é uma chuva de pedras. É apenas quando há uma maior entrada de pequenos fragmentos na atmosfera”, explica Débora Rios.