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Gabriel Amorim
Publicado em 8 de abril de 2019 às 18:32
- Atualizado há 2 anos
Os pagamentos atrasados referentes às sessões de hemodiálise de oito clínicas foram feitos nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Ao todo, três unidades de saúde de Salvador e cinco de outros municípios foram afetadas. Todas realizam o serviço no estado, através do Sistema Único de Saúde (SUS).>
Os valores devidos às clínicas, somados, eram de aproximadamente R$ 6 milhões. Estavam pendentes os repasses financeiros dos meses de janeiro e fevereiro deste ano. O pagamento foi confirmado pela assessoria de comunicação da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), que representa as clínicas.>
Um levantamento realizado pela Sesab, no segundo semestre do ano passado, apontou que 8.325 pacientes fazem hemodiálise na Bahia, sendo 7.196 pelo SUS.>
Além das clínicas que estavam com problemas no repasse, outras 26 unidades realizam o tratamento, dentre as quais estão hospitais e clínicas, cujos pagamentos são processados pelo município. Relembre o caso Os tratamentos de quase mil pessoas com doenças renais crônicas estavam ameaçados na Bahia. Há dois meses, clínicas que atendem a pacientes em seis municípios não recebiam o pagamento para a realização de sessões de hemodiálise.>
O repasse deveria ser feito pela Sesab. Segundo a ABCDT, os recursos do Ministério da Saúde, nos últimos dois meses, não haviam sido repassados para oito das clínicas que realizam o serviço através do SUS.>
Ao todo, foram três clínicas afetadas em Salvador, uma em Serrinha, uma em Lauro de Freitas, uma em Irecê, uma em Valença e outra em Ribeira do Pombal. Segundo a Sesab, as instituições com problemas no interior eram: Clínica Luiz Andrade Silva- Nefrologia (Serrinha); Nefrovita (Lauro de Freitas); Instituto Saúde de Valença (Valença); Clínica de Hemodiálise de Irecê (Irecê) e Hemovida (Ribeira do Pombal). Os nomes das instituições da capital não foram informados.>
A ABCDT esclareceu que, por cada sessão de hemodiálise, o Ministério da Saúde repassa R$ 194,20. Cada paciente realiza as sessões de três em três dias, intercalados.>
Procurada, a Sesab admitiu o atraso por meio de nota e informou que os repasses estavam em processamento para pagamento. >
A secretaria disse ainda que os recursos repassados pelo Ministério da Saúde cobrem apenas parte das despesas e que não se resumem apenas a sessões de hemodiálise. “O estado recebe aproximadamente R$ 100 milhões por mês de Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) para tudo, ou seja, exames, internação, hemodiálise, cirurgias, etc. Isso refere-se ao histórico de produção das unidades e cobre, no máximo, 30% das despesas”.>
Uma das maiores preocupações das clínicas era a impossibilidade de interromper o tratamento dos pacientes renais, já que a não realização da diálise pode levar à morte. >
* Com supervisão da subeditora Fernanda Varela>