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Da Redação
Publicado em 7 de março de 2022 às 21:42
- Atualizado há 2 anos
Um funcionário de Leandro Silva Troesch, que foi encontrado morto dentro da própria pousada de luxo, no município de Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, foi assassinado a tiros no mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. A vítima foi encontrada morta no domingo (6), no distrito de Camassandi, no mesmo município.
Ao g1, o delegado Rafael Magalhães, responsável pelo caso, detalhou que a vítima, identificada inicialmente como Marcel, era amigo e considerado o "braço direito" do empresário Leandro Silva Troesch. Marcel chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no domingo.
"Ele era considerado uma testemunha chave da morte do Leandro, pela proximidade que tinha com a vítima. Eu ouvi ele por duas horas, mas queria ouvir mais, porque sou bastante detalhista", disse Rafael Magalhães.
Ainda não há informações sobre a autoria e motivação da morte de Marcel. Contudo, a polícia trabalha com duas possibilidades.
"A gente investiga a relação do Marcel com tráfico de drogas e não descarta que a morte dele tenha sido causada por isso, mas também não deixamos de investigar a possibilidade de queima de arquivo. Ele seria ouvido pela gente mais uma vez sobre a morte do Leandro e era considerado uma das testemunhas chaves", afirmou.
Crimes do casal e viúva foragida Há 20 anos, o empresário Leandro Silva Troesch participou, ao lado de sua esposa, Shirley da Silva Figueiredo, de um crime de extorsão mediante sequestro e, no ano passado, os dois foram condenados a prisão. Leandro foi condenado a 14 anos e Shirley nove.
O casal foi preso em fevereiro do ano passado e cumpriam prisão domiciliar. Shirley Figueiredo foi a última pessoa a ter contato com o empresário, antes dele ser encontrado morto.
Segundo delegado Rafael Magalhães, ela disse à polícia que tomava banho quando ouviu o barulho de um tiro dentro do quarto e encontrou Leandro morto no local.
"Ela falou que chamou ele para tomar banho com ela, mas ele ficou mexendo no celular", disse o delegado ao g1.
A causa da morte de Leandro Silva Troesch é considerada como "a esclarecer". O delegado informou que pretendia intimar Shirley para ser ouvida mais uma vez no último sábado, mas ela não foi encontrada na casa onde morava. Casal estava junto há mais de 20 anos - Foto: Reprodução/Instagram "A gente investigava a possibilidade de um suicídio, mas a morte do Marcel e a fuga dela foram muito estranhas. Já podemos considerar ela como uma das possíveis suspeitas", contou Rafael Magalhães.
Por cumprir prisão domiciliar, Shirley não poderia deixar o local. O delegado pediu a prisão preventiva da viúva do empresário, que foi expedida pelo juiz Almir Pereira, da Vara Criminal, por quebra de medida cautelar.
Com isso, conforme o delegado, Shirley é considerada foragida da polícia.