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Donaldson Gomes
Publicado em 13 de junho de 2024 às 09:17
Tem entrega
Com paciência, e algumas entregas, a Neoenergia Coelba, vai conseguindo reverter a péssima imagem que tinha entre os produtores rurais na região Oeste da Bahia. O sentimento de frustração vai cedendo lugar à expectativa de cumprimento dos compromissos firmados. Presente, na Bahia Farm Show, o presidente da empresa, Thiago Guth, está fazendo um verdadeiro corpo a corpo junto a produtores, representantes de classe e do Poder Público. Na feira, ele anunciou a entrega de duas novas subestações e de uma nova loja de atendimento na região. As duas subestações previstas para julho deste ano fornecerão mais energia para cerca de 250 mil habitantes do estado. Nos próximos quatro anos, a Coelba investirá mais de R$ 2,2 bilhões no Oeste, o que deve ampliar em 87% a capacidade energética da região. Para isso, serão construídas 10 novas subestações e outras 15 estruturas do tipo devem ser ampliadas. "A Bahia tem um crescimento orgânico muito pujante, entre 5% e 6%, mas no Oeste, este ritmo é muito mais acelerado, passando às vezes dos 15%"destacou.
Roda sustentável
A Tecnogera é a responsável pela energia que abastece a icônica roda gigante da Bahia Farm Show, com uma solução baseada em um sistema móvel de energia com baterias reutilizadas (BESS), alternativa ao uso dos geradores a diesel. O uso da tecnologia durante a exposição agrícola vai evitar o uso de 600 litros de diesel e consequentemente deixará de emitir 1,5 tonelada de CO2. A solução funciona com baterias de lítio reaproveitadas de plataformas elétricas para trabalho em altura da Tecnogera. Essas baterias, mais silenciosas e que não emitem poluentes, eliminam o custo de abastecimento com combustível. Com uma vida útil de 5 a 10 anos em aplicações de mobilidade, as baterias são reutilizadas para armazenamento de energia, resolvendo o também o problema de descarte e permitindo a substituição total ou parcial dos geradores a diesel.
Expansão
A Tecnogera aumentou sua receita na Bahia em 83% em 2023, impulsionada pela crescente demanda por energia temporária e tecnologia de segurança. Com um investimento de R$ 50 milhões, a empresa gerou 150 empregos diretos e indiretos e expandiu suas operações no estado, que agora responde por 12% da receita total. A Tecnogera também apoia o desenvolvimento de PMEs locais, homologando 18 empresas na Bahia para atender demandas emergenciais. Para 2024, a expectativa é um crescimento de 51,71% nas operações no estado, estima Arthur Lavieri, CEO da Tecnogera.
Conexão sustentável
O projeto de geração distribuída da TIM – que promove o abastecimento da rede com a utilização de usinas de energia renovável arrendadas de parceiros – segue em ampliação e, até o fim de 2024, responderá por 59% do consumo total da operadora. Ou seja, quase 60% da energia utilizada será oriunda de fontes como solar, hídrica, biogás, produzida em 132 usinas que atenderão 25 Estados. As novas usinas previstas para 2024 são, em sua maioria, de fonte solar e ficarão nos Estados da Bahia, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Tocantins, Ceará, Maranhão, Pará, Roraima, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Goiás. Com a expansão, a produção chegará a 405 GWh no final de dezembro de 2024, um crescimento de 23% em relação ao ano passado.
Bem no ranking
O Terminal de Contêineres do Porto de Salvador (Tecon Salvador), do grupo Wilson Sons, foi considerado o sexto melhor do mundo na categoria até 500 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). A colocação no Índice Global de Desempenho Portuário de Contêineres (CPPI), referente a 2023, é baseada em ranking divulgado pelo Banco Mundial e pela S&P Global Market Intelligence, que avaliaram a eficiência operacional a partir do tempo de permanência dos navios porta-contêineres nos portos. Para a empresa, o resultado reflete os investimentos recentes em obras de ampliação, com foco em inovação, sustentabilidade e capacitação de pessoal. Em 2021, a Wilson Sons ampliou a disponibilidade de berços de atracação no Tecon Salvador, duplicando o principal berço, que passou a contar com 800 metros, capaz de atracar dois super navios porta-contêineres New Panamax (366m) ao mesmo tempo, além de navios menores para operações de projetos em seu cais secundário. Atualmente, o local atende a mais de 470 navios ao ano e a mais de 750 caminhões/dia. "Investimos em equipamentos de ponta e sustentáveis e ampliamos a eficiência operacional do Tecon Salvador”, diz Arnaldo Calbucci, COO da Wilson Sons. Para a elaboração do estudo, o CPPI classificou 405 portos globais no ano passado, avaliando mais de 182 mil escalas de navios, 238,2 milhões de movimentações e cerca de 381 milhões de TEUs. O terminal já recebeu mais de R$ 1 bilhão em obras de ampliação e modernização.
Tem entregaA CS Portos, da CS Infra, do Grupo Simpar, aproveitou a participação na Bahia Farm Show para apresentar os investimentos que está fazendo no Porto de Aratu. Responsável pela administração dos terminais ATU-12 e ATU-18, a companhia pretende investir mais de R$ 800 milhões nos primeiros três anos de operação. Atualmente, o ATU-12 é capaz de movimentar 2,2 milhões de toneladas de fertilizantes e demais graneis sólidos minerais e, ao final das obras, previsto para novembro de deste ano, essa capacidade será ampliada para 6 milhões de toneladas. Já o ATU-18 poderá movimentar 2,2 milhões de toneladas de grãos em 2025, com capacidade inicial de estocar 90 mil toneladas, podendo chegar a 5,6 milhões de toneladas após as expansões previstas. Ao final das obras, será possível atracar navios com até 120 mil toneladas e calado de 15 metros. Simultaneamente, os equipamentos adquiridos irão ampliar a capacidade de recepção para entre 20 mil toneladas e 30 mil toneladas por dia.
O projeto de conteúdo do Bahia Farm Show é uma realização do Jornal CORREIO com o patrocínio da AIBA.