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Carolina Cerqueira
Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 05:00
Uma boa reportagem nem sempre tem uma boa foto para ilustrar. Às vezes, a foto é tão boa que corre o risco de roubar o protagonismo da matéria. O papel de quem produz as capas dos jornais do CORREIO é encontrar o equilíbrio perfeito. O responsável é o designer Quintino Andrade.
Ele compartilha que, quando há uma boa foto, o papel dele é dar destaque a ela, não deixando muitos elementos na capa. Todas as fotografias são pensadas para que possam ser colocadas na vertical, que é a posição da capa, e tenham espaço para o encaixe de textos por cima.
Já quando as fotos são documentos históricos ou fotografias antigas sem boa resolução ou qualidade, é preciso explorar o papel das colagens, sobreposições e cores.
Outro espaço aberto nas capas é a criação de ilustrações. "É uma forma de dar mais dinamismo para as edições e conseguir resultados mais leves e descontraídos", explica Quintino.
Em um 2024 recheado de capas icônicas nos nossos jornais, selecionamos as seis mais marcantes entre as publicadas nas edições dos finais de semana. Elas vão desde o testamento a próprio punho de Gal Costa até a foto da quilombola Eliana dos Santos. Esta última capa teve a reportagem premiada em primeiro lugar e a foto premiada em segundo lugar pelo Prêmio Sebrae Bahia 2024.
Para editora-chefe do CORREIO, Linda Bezerra, a seleção mostra a diversidade de conteúdos e a capacidade do jornal de discutir assuntos relevantes para a sociedade. "As capas das edições dos finais de semana trazem conteúdos que não foram aprofundados no dia a dia da corrida da notícia. Estamos falando de conteúdos exclusivos e até premiados também, com um olhar que não vemos em qualquer jornal. Isso não está em qualquer lugar", coloca.
Confira as seis capas abaixo:
A capa divulga o resultado do correio experimenta, concurso do jornal para eleger a melhor torta de 2024. O título e até a fonte aparecem combinados com a foto, que é o grande destaque.
Clique aqui para ler: http://glo.bo/3ZV6WSV
A matéria de Thais Borges conta a história de sete professores negros que a Justiça tentou impedir de assumir vagas em universidades. Foi feita após o caso da baiana Lorena Pinheiro ganhar repercussão.
Clique aqui para ler: https://bit.ly/4d113s4
Esta capa com ilustração tem até mesmo cara de capa de livro. A matéria de Carolina Cerqueira aponta a tendência de casais dormirem em camas, quartos e até casas separadas.
Clique aqui para ler: https://bit.ly/3XbsIlF
O destaque é o documento histórico que até então não havia sido publicado. Ele, escrito pela cantora a próprio punho e descoberto por suas primas, revelava que a cantora queria deixar todo o dinheiro para uma fundação cultural.
Clique aqui para ler: http://glo.bo/40a1pJz
O destaque é o sorriso tímido de uma mulher negra quilombola que quis aprender a ler e escrever pela tradição ancestral de encontrar cura nas plantas. Quem conta a história é Carolina Cerqueira.
Clique aqui para ler: https://bit.ly/3T7PDLi
O trabalho a partir de um documento antigo ilustra a história, contada por Fernanda Santana, de Vivi e Amelinha, na Salvador da década de 1930.
Clique aqui para ler: https://bit.ly/3tNWr8b