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'Evitava ir pra academia por conta da roupa, me sentia exposta', diz evangélica que faz crossfit

A recepcionista Bruna Brito comenta sobre  o quanto se sentia incomodada em usar uma roupa mais justa no crossfit; agora opta pela moda fitness evangélica

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 18 de maio de 2024 às 05:00

Cristã, Bruna é adepta de peças mais comportadas na hora de praticar crossfit
Cristã, Bruna é adepta de peças mais comportadas na hora de praticar crossfit Crédito: Marina Silva/ CORREIO

Na contramão de um padrão que, geralmente, é muito mais sobre exaltar cada curva do corpo (para além do conforto), a fé vem inspirando tendências até mesmo na hora de ir para academia. Que o guarda-roupa gospel vem sofrendo uma revolução - ainda que mantenha a descrição, modéstia e compostura – muita gente tem percebido. Mas o que dizer, quando esse estilo chega também até as roupas fitness?

Sem top ou shortinho colado, segundo dados da Shopee - um dos maiores marketplaces internacionais em operação no Brasil - atualmente, são mais de 170 vendedores cadastrados com termos que se aplicam ao tema “moda fitness evangélica”. No período de um ano, por exemplo, termos como “moda evangélica academia” cresceram mais de 400%. A “saia calça fitness evangélica” teve aumento de mais de 270% e “legging academia com saia evangélica” mais de 600%.

Uma das adeptas dessa tendência é a recepcionista Bruna de Brito, de 22 anos. Ela diz que antes se sentia não só desconfortável, mas também exposta. Nunca foi questão de sedentarismo, falta de tempo ou porque não gostava de praticar atividade física. Muito pelo contrário: o cross training é importante para Bruna. No entanto, por ser cristã, muitas vezes, ela se incomodou em usar uma roupa mais justa na hora de ir treinar. Veja mais no relato completo:

“Em inúmeros momentos, eu evitava ir por conta da roupa e, quando ia, pegava camisetas velhas do meu pai e usava. Com ordem e decência, eu busco não escandalizar. Meu corpo ficava muito à mostra. As roupas contribuíam para isso com malhas finas e, como dizem por aí, do tipo ‘aumenta bumbum’.

Encontrei conjuntos confortáveis feitos de tecidos que não marcam a parte íntima e que têm de todos os tamanhos. Valeu muito a pena, me proporcionou uma leveza na consciência. Tudo que a gente veste precisa transmitir uma imagem de respeito e, como eu já ouvi alguém me dizer, pela minha vestimenta dá para ver quem eu sou.

Tenho percebido uma mudança no nosso dia a dia. Vejo mulheres cristãs vestidas com roupas lindas, modestas e confortáveis ao corpo. No Instagram mesmo, acompanho bastante conteúdo sobre como ser elegante e não ser vulgar. Trocar uma peça mais apertada por uma maior e que modele melhor no corpo. E isso não serve apenas para as evangélicas, serve para todas as mulheres. Na minha opinião, a elegância, o pudor e a não-vulgaridade está aí para todas.

As mulheres estão desbloqueando a mente e entendendo que não é a vestimenta que vai definir o nível de cristã que ela é, entretanto, a vestimenta vai prevenir e trazer decência que ela precisa zelar. Com isso tem aumentado a quantidade de evangélicas indo cuidar da saúde e se sentindo bem com o emagrecimento e a formação da musculatura, sem ferir os seus princípios”.