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Carolina Cerqueira
Publicado em 17 de agosto de 2024 às 05:00
A leitura desta reportagem harmoniza perfeitamente com um cafezinho. Enquanto alguns leitores misturam rapidamente a água quente com o pó mais barato que encontram no mercado, outros fazem um verdadeiro ritual. É preciso escolher o grão ideal e o melhor utensílio para moê-lo e, só então, adicionar a água. Isso enquanto contemplam os aromas liberados. Tudo com calma, em nome da experiência.
Esta é a palavrinha mágica de quem tem um restaurante, bar, cafeteria ou qualquer outro estabelecimento que permite o consumo de alimentos no local e busca modernização. É em nome da experiência que, ao pedir um café, o cliente, possivelmente, vai receber uma xícara e uma cafeteira e irá, ele mesmo, passar o próprio café. Enquanto uma parcela acha absurdo pagar mais caro para ainda ter trabalho, outra aprova e se propõe a desfrutar dos momentos instagramáveis.
O termo, que originou-se fazendo referência à plataforma Instagram e difundindo a demanda por ambiente e decoração ideais para uma boa foto, já está até ultrapassado. A demanda é maior no TikTok e preza por experiências ideais para um bom vídeo. Nesta rede social, a hashtag “Coffee” tem mais de 4,8 milhões de vídeos.
Os chamados coffee lovers fazem um preparo digno de um vídeo no TikTok - mas, para isso, é preciso ter as ferramentas certas. De acordo com o aplicativo e site de vendas online Shopee, no último ano, as vendas de coadores e cafeteiras cresceram 90%. No recorte Bahia, o aumento foi de 100%.
Kit necessário
Os melhores cafés, garantem os baristas Norman Coelho e Sara Carvalho, são os moídos na hora. Por isso, para quem quer mais qualidade, a recomendação é a compra do grão e, não, do pó. Na reação em cadeia, é indicada a aquisição de um kit de utensílios adequados. Se quiser seguir à risca, prepare o bolso porque os itens não são baratinhos.
“A gente costuma dizer que café é uma brincadeira cara. Um moedor manual de qualidade custa a partir de uns R$ 300, enquanto os elétricos vão a R$ 1.500. Uma alternativa é o moedor de hélice que funciona como mixer e custa cerca de R$ 150. É como se fosse a porta de entrada”, diz Norman. Em caso de improviso, há até quem recorra ao liquidificador.
Para filtrar o café, ele indica o coador Hario V60. Também são recomendadas uma chaleira que meça a temperatura da água (de preferência com bico de ganso para melhor controle do fluxo da água) e uma balança de precisão. Esse kit inicial completo custará cerca de R$ 500.
Mas Sara pondera, acalmando os corações dos que não podem gastar muito. "O principal é ter os grãos de qualidade e um moedor. Tem moedores a partir de R$ 100. O simples vai funcionar, principalmente para quem está iniciando nesse universo do café especial e está em um contexto caseiro. Os outros utensílios podem vir ao longo do tempo, conforme a pessoa for aguçando o paladar."
Para o armazenamento, Sara afirma que é mito a informação de que o café precisa ser guardado na geladeira. Ela indica que seja guardado em local arejado e seco e, de preferência, na embalagem original. “O objetivo é proteger contra a oxidação e preservar os aromas e sabores. Tanto para grãos quanto para pó, se não puder ser na embalagem original, a dica é usar um pote hermético não transparente para proteger também contra a luz”, aconselha.
Conjunto Kit Cafeteira Hario V60
Jarra de vidro, suporte para filtro, colher dosadora e 40 filtros de papel
R$ 137,99
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Balança dosadora
R$ 21
Moedor de café manual de inox
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O que: degustação, presença de produtores, workshops, cursos, palestras
Quando: 17 e 18 de agosto, das 13h às 20h
Onde: Doca 1, Comércio - Salvador
Ingressos: a partir de R$ 20, link na bio do Instagram @feirabaianadecafesespeciais