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Thais Borges
Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 05:00
Nos idos de 1800, o Rio Vermelho era o palco da festa de Sant’Ana, que começou acontecer em 1823, ano da Independência do Brasil na Bahia. As lendas diziam que uma idosa tinha salvado os moradores de um bombardeio português e, em agradecimento, começaram a reverenciá-la.
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A pesca andava em baixa e os pescadores do Rio Vermelho, que decidiram oferecer um presente a Iemanjá, durante a festa de Sant'Ana, após receber a sugestão de fregueses. A primeira tentativa não deu certo, mas a segunda foi orientada por uma ialorixá.>
Um padre disse que não queria mais presentes para a ‘mulher com rabo de peixe’ na festa de Sant’Ana. Os pescadores se recusaram a parar. Mas, no fim, quem saiu foi a Igreja Católica. Desde então, a Igreja de Sant’Ana passou a fechar no dia da festa de Iemanjá.>
A data foi móvel até, provavelmente, 1959, segundo a historiadora Edilece Couto, em sua tese de doutorado. Foi só no fim dos anos 1950 que o presente virou ‘Festa de Iemanjá’.>
Há cinco anos, a festa de Iemanjá é reconhecida pela Fundação Gregório de Matos como patrimônio imaterial de Salvador. Um ato solene fez o registro, na última edição antes da covid-19.>
A segunda edição após o retorno em 2023, depois da pandemia da covid-19, teve o maior registro de público até então. Com um milhão de pessoas na rua, foi mais que o dobro de uma década antes.>