Com parkinson aos 41 anos, baiano se prepara para triathlon ao adotar esporte como aliado

Empresário tem o sonho de dançar a valsa com a filha na festa de 15 anos

Luiz Carlos Castelo Branco, de 41 anos, mais conhecido como Junior Castelo, foi diagnosticado com parkinson há dois anos e meio. Desde então, o empresário e publicitário baiano vem adotando o esporte como aliado e se prepara para participar do primeiro triathlon. 

"Será minha primeira prova de triathlon. Sempre fui competitivo, mas um atleta de fim de semana de futebol, corrida, beach tennis, etc. Comecei fazendo provas de 5km, 10km, 16km até 21km e consegui terminar todas. Me despertou a ideia de encarar mais esse desafio e irei disputar o TRITON 1 em abril", explica.

O TRITON 1 Salvador é a etapa que abre o calendário brasileiro do TRITON World Series em 2025 e acontecerá em 6 de abril, na Bahia.  Trata-se do formato tradicional de triathlon, com provas de natação, corrida e ciclismo em um dia). O evento vai acontecer na Praia de Placaford e a prova será disputada em três opções de distância: Sprint, Middle e Long.

Um grupo de amigos de Luiz Carlos, para apoiá-lo, também resolveu se inscreveu para a prova, sendo que nenhum deles têm o triathlon como modalidade principal. "Todos estão treinando para fazer a prova comigo e será muito bom. São amigos aqui da Bahia, mas também de São Paulo e do Rio de Janeiro", conta o esportista. 

"Quero provar que o parkinson não é limitador, por mais que existam interferências da doença que possam me prejudicar como a parte da dor e do travamento da perna. Na parte da corrida já estou mais acostumado, mas na natação e na bike não, então vou intensificar os treinos em cima disso a partir deste mês", completa.

Para ele, o triathlon é apenas mais uma das diversas etapas do caminho que quer construir até a festa de 15 anos da filha Malu, que hoje tem oito anos. O grande objetivo de Luiz é poder dançar valsa com ela na festa. O sonho se transformou em um projeto, que tem até perfil no Instagram: @sigaprojeto15. 

"Faltam sete anos e para o Parkinson sete anos são consideráveis para evolução cruel. Estou tentando chegar até lá sem tanto prejuízo motor. Será minha maior realização dançar a valsa com Malu", finaliza.