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Óleo da macaúba é aposta de combustível para aviação; entenda


 

Refinaria projeta produção de um bilhão de litros do produto

  • Donaldson Gomes

Publicado em 31/07/2024 às 05:00:00
Acelen já está fazendo testes para identificar a melhor variedade de macaúba que será usada para a produção de biocombustíveis. Crédito: Divulgação

A solução para a substituição do combustível da aviação (SAF) pode estar no óleo da macaúba, uma palmeira que é comum em diversas regiões do país, incluindo-se aí as áreas de caatinga e cerrado da Bahia. Pelo menos esta é a aposta da Acelen, que pretende investir R$ 13,5 bilhões nos próximos 20 anos em áreas na Bahia e em Minas Gerais para a produção de 1 bilhão de litros de biodiesel e SAF.

Além do potencial para a captura de carbono do projeto, a produção do biocombustível, que será processado na Refinaria de Mataripe deverá ter significativos impactos sociais, projeta Marcelo Cordaro, Vice-Presidente de Novos Negócios da Acelen.

Cordaro explica que o biocombustível produzido a partir de biomassa captura o carbono nas etapas no campo e depois devolve para a atmosfera o que utilizou. “Não vamos trazer carbono novo, esta é a lógica do biocombustível”, explica.

Segundo ele, as expectativas em relação à aceitação do produto no mercado são positivas por se tratar de um produto final idêntico ao tradicional. “Você pode utilizar o mesmo parque industrial e as mesmas frotas atuais, o que muda é a origem do combustível. Você vai abastecer um veículo ou um avião e eles irão funcionar, sem necessidade de adaptação”, explica.

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O Projeto Transição Energética é uma realização do Jornal CORREIO, com o patrocínio da Unipar e Tronox, apoio institucional da Braskem e do Sebrae Bahia e parceria da AC Consultoria.