Assine

SSP, empresas e motoristas de app vão se reunir para discutir segurança


 

Categoria elaborou lista pedindo que medidas sejam tomadas por Uber e 99

  • Bruno Wendel

Publicado em 16/12/2019 às 12:55:00
Atualizado em 07/05/2023 às 02:51:03
. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Uma reunião na Secretaria de Segurança Pública (SSP)  com as empresas Uber e 99 Pop e representantes dos motoristas de aplicativo será agendada para discutir medidas de segurança para a categoria. A medida foi adotada após um encontro entre o sindicato da classe e representantes da pasta, na manhã desta segunda-feira (16), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). 

Após o encontro na SSP, representantes do sindicato e a categoria seguiram em carreta na Avenida Paralela rumo às sedes das empresas Uber e 99 Pop, na Avenida Tancredo Neves. Eles pretendem ocupar os prédios até que suas reivindicações sejam atendidas de forma imediata, como o fim da taxa de cancelamento e a instalação de um dispositivo de biometria. 

Durante o encontro com o subsecretário de Segurança Pública Ary Pereira de Oliveira, o comandante-geral da PM Anselmo Brandão e o delegado-chefe da Polícia Civil Bernardino Brito, o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter), Átila Santana. disse que a reunião para discutir as.medidas de segurança com as empresas será na semana que vem. A assessoria da.SSP confirmou o fato, porém sinalizou  que não há uma data marcada, pois é necessário primeiro acionar formalmente as empresas.  

[[galeria]]

Durante a conversa, foi pontuada a necessidade de instalação de um botão de pânico. "Se tivesse esse dispositivo, o primeiro teria acionado e evitando a morte dele e dos demais", disse o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia. Outra medida foi levada em questão. "A utilização de palavras chaves que indiquem que o motorista está em situação de perigo. Códigos seriam enviados para uma.central que por sua vez, acionaria a polícia", disse.

Os superintendentes de Gestão Tecnológica e Organizacional e de Telecomunicações da SSP, coronel Marcos Oliveira e o tenente-coronel Antônio Carlos da Silva Magalhães, fizeram sugestões de ações que serão apresentadas às empresas no encontro. A SSP diz que já tem um canal exclusivo para direcionar as ocorrências que envolvem a categoria.

O subsecretário também informou os representantes sobre o andamento das investigações sobre a chacina com motoristas. "A polícia está toda empenhada em elucidar este crime bárbaro, sem precedentes. Um crime totalmente atípico que não ficará sem resposta”, garante. (Foto: Divulgação) Por volta das 12h a carreata chegou ao Edifício Holding Empresarial, an Avenida Tancredo Neves, onde funciona a sede da Uber em Salvador. O presidente da categoria Átila foi o único que teve acesso liberado pelos  seguranças do prédio. 

Enquanto isso, os demais  manifestantes se concentraram nas escadarias do prédio e bloquearam o acesso à Rua Ewerton Visco. À curta distância estavam policais militares que acompanhavam os rumos do protesto. 

Pouco depois das 14h, alguns  carros usados pelos manifestantes foram estacionados à direita da Avenida Tancredo Neves, ainda em função do prosteto, para dificultar o trânsito no local.

Empresas Em nota, a Uber diz que "segurança é prioridade" e que "está sempre buscando, por meio da tecnologia, para fazer da plataforma a mais segura possível de uma forma escalável". A empresa cita que o app exige que o passageiro insira o CPF e data de nascimento para pagar só em dinheiro, checando os dados no Serasa.

Desde o ano passado, a empresa usa o recurso de machine learning no Brasil, com algoritmos aprendendo de forma automatizada a partir de dados para bloquear viagens mais arriscadas, a menos que o usuário forneça mais dados de identificação.

Todas as viagens são registradas por GPS e há um botão, "Recursos de Segurança", que reúne todas as informaçõs sobre o tema na plataforma. É possível compartilhar a localização com quem desejar - tanto motoristas quanto passageiros. Também há opção de ligar para a polícia em situações de risco ou emergência diretamente do app.

Durante cada viagem, tanto os motoristas parceiros quanto os usuários estão cobertos por um seguro da Uber para acidentes pessoais, acrescenta.

A 99 diz em nota que também trata a segurança como prioridade "antes, durante e depois das corridas". "É por isso que a empresa investe continuamente em sistemas preventivos, ferramentas de proteção e atendimento humanizado. Como formas de prevenção antes das chamadas, a companhia mostra aos motoristas informações sobre o destino final, a nota do passageiro e se ele é frequente -- além de exigir que todos os passageiros incluam CPF ou cartão de crédito. Durante o trajeto, ferramentas como câmeras de segurança e compartilhamento de rotas estão disponíveis. Depois das viagens, uma central telefônica 24h para emergências oferece apoio imediato em caso de necessidade", diz o texto.

Segundo a 99, o motorista é alertado se a corrida é para alguma área considerada de risco e cabe a ele decidir se aceita a corrida. Diz ainda que a inteligência artificial do app "vasculham padrões de comportamento suspeitos em poucos segundos no ato da chamada e adotam medidas automáticas, que incluem bloqueios e confirmação de dados". 

A empresa faz ainda cursos presencias para os motoristas com orientações sobre seguranças, indicando tipos de corridas suspeitas, zonas de risco e explicando a central de atendimento emergencial. O app oferta ainda câmeras embarcadas no carros, ligadas à Central de Segurança, com um botão de emergência para casos de necessidade.

Também é possível compartilhar uma corrida com algum contato de confiança - tanto motorista quanto passageiro. Todos que fazem uma corrida estão segurados pela empresa.