Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2023 às 20:44
- Atualizado há 2 anos
Foi lançado nesta sexta-feira (28), em Salvador, o Programa Federal Caixa Mulheres de Favela, que vai fortalecer o empreendedorismo feminino na Bahia. O evento, que é uma parceria entre a Caixa e a Central Única das Favelas (Cufa), foi realizado no espaço Subúrbio 360º, no bairro de Coutos, local onde será desenvolvido o laboratório com os 45 dias de capacitação para mulheres.
As inscrições para Salvador e Região Metropolitana começam na próxima terça-feira (2), através do site da Cufa ou presencialmente, no Subúrbio 360°. Podem participar mulheres (cis e trans) e travestis, a partir de 18 anos, portando RG, CPF e comprovante de residência. O lançamento do programa já aconteceu em março, no Rio de Janeiro, e também vai acontecer em São Paulo, no próximo dia 12 de maio.
O lançamento contou com a presença da secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Elisângela Araújo, representantes da Caixa e lideranças da Central Única das Favelas (Cufa). Foram investidos R$ 16 milhões para o programa e já são 2.800 mulheres inscritas.
“Somos mais de 51% da população no estado da Bahia. Hoje, aqui, estamos diante de várias ofertas de capacitação e apoio aos empreendimentos. Isso vai ajudar muitas mães solos, que batalham a vida no dia a dia, e será uma grande oportunidade, sob diversas perspectivas, para crescer. Vamos ser parceiros nesse projeto e ajudar centenas de mulheres aqui nesse bairro”, afirmou a titular da SPM.
A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, explicou a possibilidade de fazer cursos através de WhatsApp, chegando a atingir 50 mil pessoas. “Pelo WhatsApp, a abrangência chega a outras regiões, não só nessas localidades”, disse. "A Caixa está investindo parte do fundo sócio-ambiental, porque entende que isso tem tudo a ver com o debate da sustentabilidade. É um projeto piloto, com 500 mulheres sendo atendidas diretamente em cada uma das comunidades. Mas, a tendência é ampliar”, pontuou a presidente da Caixa.
O presidente da Cufa, Márcio Lima, observou que na pandemia, muitas mães recebiam o auxílio emergencial e investiam no empreendedorismo aleatoriamente, pela necessidade, e acabavam tendo prejuízo. Por isso, o projeto visa à emancipação sócio-econômica dessas mulheres, a partir de uma trilha de formação. “A maioria das inscritas são mães solos e grande parte é chefe de família. Pensando nisso, vamos oferecer um espaço para que elas possam deixar os filhos sendo cuidados, enquanto elas aprendem”, salientou Márcio Lima.
O programa vai funcionar com o apoio de uma incubadora de negócios, serviços de formalização de empresas, orientação contábil e de produtos bancários para todas as empreendedoras em formação. O espaço vai atender mulheres que desejam começar ou ampliar seu negócio a partir das necessidades apresentadas por elas. Além da oferta de cursos de capacitação de empreendedores, com educação financeira, e de formação em diversas áreas.
[[galeria]]
Cursos e oficinas
O laboratório de inovação social promoverá diversas oficinas de capacitação, empreendedorismo, organização e educação financeira, precificação, serviços de formalização de empresas, orientação contábil e de produtos bancários, além de rodas de diálogo, espaços de escuta para discussões em torno de inovações sociais.
Com foco na economia circular, a oficina de upcycling é uma das principais iniciativas de capacitação, onde as participantes aprenderão a transformar resíduos e materiais recicláveis em produtos a serem comercializados. Oficinas de maquiagem, manicure, tranças e design de sobrancelhas, montagem de móveis, serviços da construção civil, também estarão disponíveis para a escolha das interessadas.
No espaço de atendimento da Caixa, serão promovidas ações de educação financeira, orientação sobre utilização do Caixa Tem e outros serviços relacionados ao banco, como FGTS, habitação e benefícios sociais.
Também estará disponível um “Espaço Kids”, onde são realizadas atividades com as crianças enquanto as mães ou responsáveis participam do laboratório.