Salvador é líder no Nordeste com 1,5 mil empregos gerados em janeiro e fevereiro
Capital é a 6ª do país que mais criou postos de trabalho; Bahia é líder do Nordeste em fevereiro
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Tailane Muniz
tailane.muniz@correio24horas.com.br
O desejo de se profissionalizar na Educação Física é antigo. Embora ainda não tenha ingressado na universidade, o auxiliar de serviços gerais Eliomar Conceição dos Santos, 24 anos, é adepto de esportes desde a adolescência e, aos poucos, se aproxima mais da área que sonha pertencer. Diariamente, desde janeiro, o jovem atua na limpeza e organização da Complexo H23, uma academia de ginástica localizada no bairro de Stella Maris, na capital.
Contratado com carteira assinada e todos os direitos garantidos ao trabalhador, Eliomar foi contemplado por uma das 1.598 vagas de empregos formais gerados em Salvador, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é o saldo da quantidade de admissões subtraída do total de desligamentos no período.
A marca de empregos gerados rendeu à cidade o posto de capital do Nordeste que mais criou vagas em conformidade com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos dois primeiros meses do ano. No ranking nacional, ocupa a 6ª posição. O número de 1.598 vagas geradas é 107,3% superior às 771 vagas criadas no mesmo período de 2018.
A Bahia também liderou: é o estado que mais gerou empregos no Nordeste em fevereiro de 2019, com 5.706 novos postos de trabalho. Entre os estados brasileiros, tem a 8ª posição.
Na capital, só em fevereiro, 1.160 novos postos foram disponibilizados, o que equivale a 73% do resultado do bimestre, de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). Os números registrados indicam, ainda, que nos últimos 12 meses, 6.754 empregos formais foram criados.
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Projetos Para o secretário de Desenvolvimento de Salvador, Sérgio Guanabara, a boa fase é resultado de investimento nos setores de infraestrutura, além de ações e projetos que despertam o interesse da iniciativa privada.
“O projeto Salvador 360, lançado no início de 2017, é um marco e sempre teve o foco nesse propósito. Com ele, estimulamos a geração de emprego, o crescimento da população, além de ativar a economia. Salvador, que já foi a capital do desemprego, hoje dá esses frutos à sua população”, comentou.
Segundo ele, entre os eixos 360 alguns estão diretamente ligados à geração de empregos. É o caso dos eixos Simplifica, Investe e Negócios. O prefeito ACM Neto também atribui a alta na geração de empregos aos investimentos públicos.“Essa á uma notícia excelente nesta semana em que Salvador completa 470 anos. São números que refletem que as ações adotadas em investimentos públicos e captação de recursos privados têm dado certo”, avaliou Neto.‘Necessidade’ O auxiliar de serviços gerais Eliomar Conceição, que conseguiu o emprego na academia, está na área com a qual se identifica, mas pondera que, além de gosto, trabalhar é uma questão de necessidade: “Eu trabalho desde cedo, tinha experiência em mercadinho de bairro, porque não tem como existir sem um trabalho, uma utilidade na vida. Então, eu sou muito feliz e grato pelo meu emprego”.
Chefe do jovem, o empresário Charles Batalha é fundador e proprietário da Complexo H23, inaugurada em janeiro. Ao todo, segundo ele, 32 empregos diretos e 18 indiretos foram gerados com a abertura da academia.
“Eu resolvi empreender porque acredito na recuperação da economia. Nós geramos uma cadeia de empregos. Temos desde a primeira experiência até profissionais que já estavam no mercado”, explica o empresário.
A recepcionista do Complexo H23 Pollyanna Blohem, 24, é uma das recém-contratadas e não tinha experiências anteriores. A jovem, que é estudante de Engenharia de Produção, trabalhava informalmente com ações promocionais, mas foi contemplada pela vaga.
Mais emprego De acordo com Sérgio Guanabara, fevereiro foi o mês que mais gerou empregos na história da atual gestão municipal, sendo a construção civil e serviços as duas áreas de destaques, com 1.117 e 1.280 empregos gerados, respectivamente. Em contrapartida, comércio (-601) e indústria de transformação (-180) apresentaram os maiores saldos negativos. Lucius Gaudenzi contratou novos funcionários entre final do ano passado e início de 2019 (Foto: Marina Silva/CORREIO) Na contramão da queda, o chef Lucius Gaudenzi, proprietário do restaurante Du Chef, na Barra, também gerou novos empregos entre o final do ano passado e início de 2019. Segundo Lucius, além de oportunidade de emprego, em três anos, o lugar acompanhou o crescimento de ex-funcionários.“O nosso restaurante tem esse conceito. Eu passei 14 anos fora. Morei na Califórnia, México, Havaí, Flórida, Austrália, Nova Zelândia e trouxe conceito de formação de profissionais. Nós entregamos a pessoas sem experiência a possibilidade de crescer no nosso restaurante e fora dele”, afirma Lucius Gaudenzi.Futuro promissor A tendência de alta na oferta de empregos deve ser mantida na capital baiana. A construção de um hospital, que será erguido em Salvador pelo grupo Mater Dai, vai gerar mais de 4,5 mil empregos diretos, segundo o secretário Sérgio Guanabara.“É um investimento de R$ 300 milhões e milhares de empregos gerados, em várias áreas. Eles deram entrada na sexta-feira e o nosso deadline é 90 dias, para entregarmos o alvará de liberação”, aponta o secretário.Ainda de acordo com o secretário, a previsão é de que o equipamento, que fica pronto até 2021, tenha as obras iniciadas cerca de três meses após a liberação da prefeitura. O novo Centro de Convenções, com previsão de inauguração para novembro, vai aumentar a oferta de vagas.
Bahia gerou mais vagas no Nordeste em fevereiro Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta segunda-feira (25), também apontam que a Bahia foi o estado do Nordeste que mais gerou empregos no mês de fevereiro. Foram 5.706 vagas. No ranking nacional, a Bahia ocupa o oitavo lugar.
O número é o terceiro maior da série histórica, iniciada em 2004. O mês de fevereiro com melhor resultado foi em 2014 (7.420 empregos gerados), seguido de fevereiro de 2010 (6.088).
Para o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, o saldo positivo e a expectativa de alta são frutos da diversidade de atividades econômicas que são desenvolvidas em todo o estado.
“Para que esse avanço seja contínuo, vamos fortalecer ainda mais a atração de empresas para o nosso estado, o apoio ao empreendedorismo e reforçar as políticas de emprego e renda”, destacou.
Os setores responsáveis pelo saldo positivo da Bahia no mês de fevereiro foram Serviços (2.564 postos), Construção Civil (1.666), Indústria de Transformação (662), Administração Pública (435), Comércio (147), Agropecuária (130) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (110).
Juntas, as dez cidades baianas que mais geraram empregos na Bahia no mês de fevereiro passado, segundo dados do Caged, somam 4.335 vagas formais. O topo do ranking fica com Salvador (1.160 vagas geradas), seguida de Barreiras (503), Lauro de Freitas (476), Camaçari (415), Santo Antônio de Jesus (390), Luis Eduardo Magalhães (389), Alagoinhas (273), Brumado (270), Entre Rios (240) e, por fim, Feira de Santana (219).
Dicas Antes de tentar o processo seletivo, se liga nas dez dicas que o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Wladimir Martins, sugere para que você conquiste a vaga: Conhecer a empresa da qual vai participar do processo, pesquisar sobre o negócio Jamais falar coisas que não são verdadeiras Levar à seleção experiências que têm realção com o que você está pleiteando Enfatizar quais são as competências mais relevantes ao processo Não fazer piadas para descontrair, apenas se tiver a ver com o contexto Evitar não responser a um questionamento Ir vestido adequadamente Apresentar com firmeza ao falar Estar atento ao entrevistador Evitar o celular, desligue durante a entrevista