Polícia pede prisão temporária de acusado de matar mulher no Subúrbio
Jéssica Reis foi morta a facadas na frente do filho de 3 anos; marido é suspeito
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Da Redação
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A Polícia Civil pediu a prisão temporária do acusado de matar Jéssica Ribeiro Reis, 28 anos, no Alto do Cabrito, no Subúrbio, no último domingo (10). Moisés Souza se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça-feira (12) acompanhado de um advogado e prestou depoimento.
O crime aconteceu já no final do dia, na casa em que Jéssica e Moisés viviam com o filho de 3 anos, que testemunhou a morte da mãe. Ela ainda deixou uma filha de 12 anos. A polícia informou que todas as oitivas de testemunhas já foram ouvidas.
O corpo de Jéssica foi sepultado na manhã desta terça, no cemitério de Plataforma, em meio à comoção de amigos e familiares. "Estamos muito abalados, o pai dela está em estado de choque, foi internado hoje. Imagine, uma pessoa [Moisés] que comia no mesmo prato que a gente, era parte da família, fazer uma atrocidade dessa. A mãe dela também está muito abalada, está em casa, na cama, não consegue nem levantar. Espero que a Justiça agora faça o seu papel e deixe ele preso, ele cometeu um crime e precisa pagar pelo que fez", disse a tia da vítima, Edvane Reis.
Crime "Tudo indica que foi ele. Ele não ficou no lugar, ele correu, botou uma faca no saco e jogou... Para mim foi tudo premeditado. Matou ela num horário que ninguém podia ver, meia noite", disse o pai da jovem, Florisvaldo, à TV Bahia.
O pai de Jéssica, que perdeu outro filho para a violência há menos de um mês, disse que estava na igreja quando recebeu uma ligação do genro, se queixando de Jéssica e pedindo para que ele fosse buscar ela. "Quando terminar, vou aí", disse o pai. Ele ainda foi para casa preparar comida para os dois e, por volta das 16h, falou com sua outra filha, que disse que Jéssica havia informado que estava "de boa". Ele ligou e conversou com Jéssica, que disse que estava tranquila.
No final da noite, ele foi acordado informando que a filha estava "passando mal" e depois soube que ela havia sido assassinada. "Tinha ele como um filho. A gente foi traído", afirmou. "Ele sabia que eu tinha perdido um filho há 23 dias. Ele estava aqui conversando comigo, tentando me confortar, e depois dá uma facada no meu coração? Uma facada que ele deu em minha filha, ele deu em mim também", lamentou, bastante emocionado. "Matou minha filha na presença do filho dela e largou ele dentro de casa sozinho com o corpo da minha filha".
A irmã de Jéssica, Joice, disse ainda que o cunhado chegou a dizer que a vítima tinha atentado contra a própria vida, antes de sumir. A família tinha conhecimento de relatos de agressões entre os dois e não acredita na versão de suicídio.