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Novo reajuste no preço do botijão já chegou ao bolso do consumidor


 

Aumento foi verificado na maioria das revendedoras; variação é de até 7 reais

  • Raquel Saraiva

Publicado em 07/09/2017 às 05:00:00
Atualizado em 17/04/2023 às 12:43:04
. Crédito: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO

Pela terceira vez este ano, o preço do botijão de gás aumentou no país. Entrou em vigor nesta quarta-feira (06) o reajuste divulgado na terça pela Petrobras. O aumento médio de 12,2% já está sendo repassado aos consumidores soteropolitanos.

Segundo levantamento feito pelo CORREIO, o aumento é de até R$ 7 em algumas revendedoras em relação ao mês de agosto. Dentre as nove revendedoras consultadas, apenas duas não tinham aumentado os valores. Mas é preciso correr para pagar menos: representantes afirmaram que até a próxima segunda-feira (11) os preços que ainda não tiveram reajuste vão aumentar. Além disso, vale a pena pesquisar antes de comprar: o custo do botijão varia de R$ 58 a R$ 74, diferença de R$ 16.

Para controlar o orçamento em casa, o consumidor tem tomado algumas medidas para fazer o botijão durar mais tempo. “Antes eu cozinhava feijão diariamente, agora faço em maior quantidade e congelo para comer durante a semana. Meu filho e meu marido reclamam, mas assim só uso o gás uma vez”, explica Maria José Cerqueira, representante do Movimento das Donas de Casa e Consumidoras da Bahia. Ela recomenda também reduzir ou utilizar forno elétrico ao invés de forno convencional “O forno é o que mais gasta gás no fogão”, explica.

Comer em bares e restaurantes, no entanto, não vai ficar mais caro - pelo menos por enquanto. De acordo com Luiz Henrique do Amaral, presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-Bahia), os comerciantes têm evitado transferir o aumento para o consumidor “Todo mundo está com dificuldade nos negócios, por isso temos feito o possível fazer o repasse do reajuste no primeiro momento. Mas não temos alternativa, ou vamos reduzir a margem  de lucro ou passar a conta pro consumidor”,

Segundo a Petrobras, os baixos estoques e os impactos do furacão Harvey na região de Houston, no estado do Texas (EUA), maior exportadora mundial de GLP (gás liquefeito de petróleo), têm tido influência significativa no comportamento dos preços do GLP no mercado. Além disso, um novo aumento pode vir no próximo mês: de acordo com a petroleira, será feita outra avaliação de mercado em 21 de setembro, já que a correção que entrou em vigor hoje não repassa integralmente a variação dos preços no mercado.