Junho Lilás: Apae Salvador explica importância do teste do pezinho
Exame é fundamental na detecção de doenças metabólicas, genéticas e ou infecciosas
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Da Redação
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No mês de junho, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Salvador adere à campanha Junho Lilás, para alertar sobre a importância da realização do teste do pezinho. Referência no estado na realização do exame, a instituição pontua que todo recém-nascido deve passar pelo procedimento.
O exame é fundamental para uma detecção precoce de doenças metabólicas, genéticas e ou infecciosas e deve ser feito nos primeiros dias de vida. Para que não seja necessário expor mãe e bebê, a recomendação durante a pandemia é que o teste seja feito dentro da própria maternidade, antes da alta.
No dia 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho, a Apae realizará uma live em seu perfil social no Instagram (@apaesalvador) para falar sobre o exame, que também pode evitar que o bebê tenha lesões irreversíveis. A campanha Junho Lilás terá o apoio da Arena Fonte Nova, que ficará iluminada de lilás no próximo dia 6, a pedido da entidade.
Na Apae, o serviço inclui diagnóstico, pesquisa e atendimento interdisciplinar, caso seja detectada alguma alteração no resultado do exame do bebê. “Mais que um exame, o teste do pezinho da Apae é um programa de prevenção neonatal. E precisamos continuar reforçando a necessidade de que o exame seja feito e o resultado avaliado”, destaca a diretora médica da Apae Salvador, Helena Pimentel.
Apesar da recomendação de que todo recém-nascido passe pelo procedimento, a Apae informa que a cobertura da triagem na Bahia é de 86%.
Mudanças durante a pandemia Normalmente, o ideal é que o teste do pezinho seja feito entre o 3º ao 5º dia após o nascimento. No entanto, algumas regras foram adaptadas por conta da pandemia do novo coronavírus. Agora, a indicação, para oferecer proteção ao bebê e à mãe, é que a coleta seja feita nas maternidades. O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), inclusive, lançaram documentos oficiais com esta orientação - o serviço é ofertado em 125 hospitais e maternidades no estado.
As mudanças, porém, exigem cuidados especiais. Os recém-nascidos que receberem alta antes de completarem 48h, por exemplo, devem fazer a coleta, mas recomenda-se um novo exame quando a mãe tiver que ir a um posto de saúde com a criança. Essa indicação existe porque um dos exames do teste, que mede a dosagem de fenilcetonúria, é indicado apenas a partir do 3º dia de vida, para evitar um resultar falso negativo para a doença.
Para as outras doenças não há problema da coleta antes das 48h. “O importante mesmo é que o exame não deixe de ser feito, como estávamos constatando, mesmo antes da pandemia”, ressalta Helena Pimentel.
Por que fazer? A Apae atenta ainda para o fato de que a maioria das doenças investigadas pelo teste do pezinho são assintomáticas no período neonatal (de 0 a 28 dias de vida) e podem levar a consequências graves e irreversíveis, deixando sequelas como deficiências mentais. Com o diagnóstico precoce, é possível que a criança seja tratada a tempo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) classifica o teste do pezinho como um programa de saúde pública e ressalta que, com ele, é possível detectar doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e aminoacidopatias, além de doença falciforme e outras hemoglobinopatias.
A Apae Salvador mantém a busca dos casos positivos e atende essas crianças presencialmente ou por telemedicina. A Instituição também oferece a ampliação de cobertura para investigação de outras doenças, por meio de atendimento particular e convênios.