Homem preso por filmar aluna em banheiro tinha vídeos de outras vítimas, diz advogada
Caso aconteceu no sábado, no Caminho das Árvores
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Da Redação
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O homem preso por filmar uma estudante de 18 anos no banheiro do prédio comercial Iguatemi Business & Flat, no Caminho das Árvores, em Salvador, tinha 15 vídeos de outras vítimas no celular, segundo a advogada da estudante. O caso foi no sábado (29) e depois de ser preso o acusado foi solto no mesmo dia.
De acordo com a advogada da vítima, Márcia Martins, quando apreendido pela polícia, o celular do homem tinha 15 vídeos de outras vítimas em diversos ambientes, incluindo o da jovem, aluna do cursinho que funciona no edifício.
O homem foi detido com a ajuda das colegas da vítima, que, ao perceber que estava sendo gravada, gritou por ajuda. Sendo perseguido, ele conseguiu correr até as imediações do Shopping Capemi, e foi segurado com a ajuda de dois agentes de limpeza que estavam no local, e dois seguranças do estabelecimento.
"A grande surpresa e indignação da minha cliente foi descobrir que, hoje, quando fui na 16ª Delegacia, o suspeito já estava solto. Além disso, o episódio que a deixou abalada foi ouvir do síndico do prédio hoje que a culpa era dela, supostamente por não ter gritado, o que não é verdade", conta Martins.
A advogada alega ainda que o Iguatemi Business & Flat não tem segurança próprio, e que a administração do edifício, como responsável pelos banheiros, tem sido omissa sobre a situação. O CORREIO tentou contato com a administração, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
Segundo a advogada Juliana Miranda, do RP escola técnica e preparatória, o prédio não permite que sejam adaptados banheiros nos espaços alugados, como é o caso do cursinho. Em nota, a assessoria jurídica lamentou o ocorrido e colocou-se à disposição para colaborar com as autoridades.
Como a situação aconteceu
Segundo conta Martins, a aluna estava no banheiro, quando viu o homem encontrar, e acreditou tratar-se de um engano. Ela só percebeu algo de estranho quando notou os pés dele na cabine ao lado, através da abertura embaixo.
"Quando ela olhou para cima, deu de cara com o celular. Ela saiu, acusou ele, que correu dizendo que não tinha feito nada, e foi quando as meninas do cursinho apareceram e conseguiram deter ele na frente do Capemi, com a ajuda de dois garis. Os seguranças do Capemi ajudaram a mantê-lo preso até a chegada da polícia", relata a advogada.
A defesa da jovem ainda não sabe, no entanto, se o homem é um frequentador do condomínio, e se as outras vítimas filmadas por ele foram no mesmo local.
A Polícia Civil não retornou até a publicação da matéria.