Festa e agonia: As Muquiranas sacodem avenida, mas geram tumulto e vandalismo
Foliões sobem portarias de prédios, pontos de ônibus e andaimes no percurso
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Wendel de Novais
wendel.novais@redebahia.com.br
"É Muquiranas aí, é? Eu que não vou ficar", disse uma senhora ao se deparar com a concentração do bloco 'As Muquiranas', que passa pelo Circuito Osmar neste sábado (18) ao som da banda Pagodart. A razão do receio não demorou muito à se mostrar. Alguns associados de As Muquiranas, mais uma vez, causaram tumulto e promoveram cenas de vandalismo no circuito. Foliões do bloco subiram em portões e portarias de prédios, em cabines de caminhões, nos banheiros químicos e em pontos de ônibus. Um precisou ser chamado a atenção pelo cantor Flavinho, de cima do trio.
"Desça daí rapaz, não vai aguentar você. Todo mundo que está embaixo sai pra não se machucar", pediu Flavinho. Essa não foi a única vez que ele precisou parar de cantar para repreender de associados ou de quem acompanhava o trio. Equipamentos de som e vídeo da banda também foram alvos constantes dos jato d'água que viraram a polêmica marca registrada do bloco. Foliões do bloco As Muquiranas continuam com a polêmica brincadeira com arminhas de água (Foto: Paula Fróes/CORREIO) "Estamos voltando de dois anos sem Carnaval. Se joga água no material de som e imagem, queima e acaba nossa festa. Vou pedir a compreensão de vocês todos para curtirmos na boa", alertou o cantor.Quem também sofreu com a água foram as mulheres que estavam em camarotes e na rua enquanto o trio passava. "Não respeitam ninguém, nem adianta pedir para não jogar. Eu tô com uma criança, disse que ele não podia ficar recebendo água assim. Adiantou de nada", conta Joseli Santana, 35, que estava com o afilhado assistindo ao carnaval no Circuito Osmar.
A ação contra as mulheres também foi repreendida por Flavinho. "Se ela disser não, é não. Respeite e parta a mil", pediu.
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