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Raimundinho da JR diz que nunca cogitou deixar partido de Bolsonaro: 'Estou satisfeito'


 

Presidente do PL na Bahia, João Roma declarou, nesta segunda-feira (25), que Raimundinho da JR e Vitor Azevedo “manifestaram vontade de deixar a sigla"

  • Rodrigo Daniel Silva

Salvador
Publicado em 25/11/2024 às 11:22:01
Deputado estadual Vitor Azevedo. Crédito: Sandra Travassos/ALBA

O deputado estadual Raimundinho da JR afirmou, nesta segunda-feira (25), que nunca conversou com o presidente do PL na Bahia, João Roma, sobre deixar o partido do presidente Jair Bolsonaro.

A declaração do parlamentar ocorre após João Roma declarar que Raimundinho da JR e o também deputado estadual Vitor Azevedo “manifestaram vontade de deixar a sigla e disputar as eleições de 2026 por outra agremiação partidária”.

Em entrevista ao CORREIO, Raimundinho da JR disse que nunca tratou de sua possível desfiliação com o presidente da legenda.

"Ele tirou da cabeça dele (que eu quero sair do PL). Nunca me chamou para bater um papo. E nunca me deu um bom dia. Estou muito satisfeito e muito bem. Mas quem manda no PL é ele. Eu não fui comunicado. Nem eu nem Vitor fomos comunicados. Eu nunca fui chamado para conversar sobre isso. Comunicação zero comigo", garantiu.

João Roma informou, por meio de nota enviada ao CORREIO, que há um “procedimento interno de ajustamento de conduta de seus filiados às bandeiras e diretrizes partidárias”. E, segundo ele, Vitor Azevedo e Raimundinho da JR foram notificados do “desalinhamento com a linha programática do partido”.

Com relação ao deputado estadual Diego Castro, João Roma afirmou que há um processo disciplinar, mas por outro motivo. "Houve notificação do ponto de vista disciplinar. Questão da fidelidade partidária, pois definimos que onde tivéssemos candidatos do partido, não poderíamos pedir votação para outro candidato. Estávamos apoiando Otoniel, em Barreiras, e tanto Diego Castro quanto a filiada Raíssa Soares foram pedir votos para candidato de outro partido", explicou.

Em nota, Diego Castro afirmou que decidiu apoiar Davi Schmidt (Novo), que acabou derrotado por Otoniel (União Brasil), por ser "alinhado com o agronegócio e representou os valores conservadores que defendemos".

"Reafirmo aqui minha fidelidade e lealdade ao presidente Jair Bolsonaro, a quem sempre apoiei na defesa das pautas conservadoras, que são fundamentais para o nosso projeto político. Continuarei a promover e defender os valores que acredito serem essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade justa e alinhada com os princípios da direita", acrescentou.

A reportagem tentou falar com o deputado estadual Vitor Azevedo, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto.