Jerônimo admite que suspensão do Planserv no Hospital da Bahia trará 'transtornos' ao sistema de saúde
Governador disse que rompimento de contrato foi decisão do hospital; unidade de saúde informou que tentou novo acordo com governo, mas não foi possível
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Rodrigo Daniel Silva
rdssilva@email.com
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), admitiu, nesta quinta-feira (7), que a suspensão do atendimento do Planserv - plano de saúde dos servidores estaduais - no Hospital da Bahia trará “transtornos” ao sistema de saúde do estado.
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“Qualquer dificuldade com hospital, como o Hospital da Bahia, gera um transtorno porque a quantidade de pessoas ali atendida vai acumular em algum lugar. Então, pedi ao secretário (da Administração, Edelvino) Góes para que a gente pudesse se preparar”, declarou o governador, em entrevista à imprensa.
Jerônimo afirmou que foi uma decisão do Hospital da Bahia encerrar o contrato com o governo. A rede Dasa, que controla a unidade de saúde, informou, por sua vez, que após “meses de tratativas para solucionar um equilíbrio econômico, não foi possível chegar a um acordo e fez-se necessária uma alteração contratual”.
“Nesse sentido, a partir do dia 07/11/2024 a unidade atenderá aos usuários do plano para situações eletivas e referenciadas, com prévia autorização. Não poderão ser mais realizados atendimentos de emergência”, acrescentou, em em nota enviada ao CORREIO.
O governador declarou também que convocou uma reunião para tratar do Planserv.
“(Será) entre hoje e domingo, no máximo segunda-feira. Eu pedi para o secretário Góes coordenar com a equipe do Planserv para a gente tomar uma decisão drástica. Não só em relação a isso. A gente padece muito porque não existe uma rede de saúde privada no interior do estado para que a gente pudesse ter capilaridade com o serviço do Planserv. Então, temos que criar um ambiente para que o setor privado amplie essa rede e a gente possa ter um serviço de Planserv maior. Quando não tem no interior vem para a capital e acaba sobrecarregando”, acrescentou.
Venda
O Hospital da Bahia será comprado pela maior rede privada de hospitais do país, o Grupo Rede D'Or São Luiz. Com sede no Rio de Janeiro, está presente em diversos estados: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão e Sergipe. Em Salvador, o grupo já controla os hospitais Aliança, São Rafael, Aeroporto e Cardio Pulmonar. E vai entregar em poucos dias o Star Aliança.