Jerônimo diz 'estar no limite' quanto à situação do Planserv
Governador da Bahia declarou também que fará uma reunião para tratar sobre o plano de saúde
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Gilberto Barbosa
gilberto.neto@redebahia.com.br
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) declarou, na última segunda-feira (4), “estar no limite” quanto à situação do Planserv - plano de saúde dos servidores estaduais.
“Recebi uma mensagem do André (Curvello, secretário de comunicação) dizendo que temos que conversar, porque estou chegando no meu limite. Vou aproveitar para marcar uma reunião com o meu chefe de gabinete nesta semana para ver como tratamos o Planserv”, disse o governador, em entrevista ao programa PodZé.
Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (7), o mandatário admitiu que a suspensão do atendimento do Planserv no Hospital da Bahia trará “transtornos” ao sistema de saúde do estado.
“Qualquer dificuldade com hospital, como o Hospital da Bahia, gera um transtorno porque a quantidade de pessoas ali atendida vai acumular em algum lugar. Então, pedi ao secretário (da Administração, Edelvino) Góes para que a gente pudesse se preparar”, declarou.
Jerônimo afirmou que foi uma decisão do Hospital da Bahia encerrar o contrato com o governo. A rede Dasa, que controla a unidade de saúde, informou, por sua vez, que após “meses de tratativas para solucionar um equilíbrio econômico, não foi possível chegar a um acordo e fez-se necessária uma alteração contratual”.
“Nesse sentido, a partir do dia 07/11/2024 a unidade atenderá aos usuários do plano para situações eletivas e referenciadas, com prévia autorização. Não poderão ser mais realizados atendimentos de emergência”, acrescentou, em em nota enviada ao CORREIO.
O governador declarou também que convocou uma reunião para tratar do plano. A expectativa, segundo Jerônimo, é que a discussão ocorra ainda nesta semana, com prazo máximo fixado para a próxima segunda-feira (11).
“Eu pedi para o secretário Góes coordenar com a equipe do Planserv para tomarmos uma decisão drástica. Não só em relação a isso. Padecemos muito porque não existe uma rede de saúde privada no interior do estado para que a gente pudesse ter capilaridade com o serviço do plano. Temos que criar um ambiente para que o setor privado amplie essa rede e possamos ter um serviço de Planserv maior. Quando não tem no interior vem para a capital e acaba sobrecarregando”, acrescentou.
*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva