ACM Neto rebate Jerônimo e diz que governador é negacionista
Vice-presidente nacional do União Brasil faz declaração após governador afirmar que problema da segurança é 'nacional'
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Da Redação
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O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, chamou, nesta segunda-feira (21), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) de “negacionista” após o petista repetir o discurso de que a violência é um problema “nacional”.
O ex-prefeito de Salvador disse que o chefe do Executivo baiano ignora a gravidade dos índices de violência no estado. “Basta o senhor ler os comentários em qualquer publicação sobre esse tema nas redes sociais. As pessoas estão assustadas, alarmadas”, afirmou ACM Neto.
Nesta segunda-feira (21), o governador, sem citar nomes, disse que “políticos oportunistas querem fazer desse tema (violência) sério um trampolim eleitoral”, durante um comunicado oficial publicado nas redes sociais. Essa não é a primeira vez que Jerônimo Rodrigues ataca adversários que apontam os problemas da segurança pública estadual. Na semana passada, ele disse que os oposicionistas parecem que são “porta-vozes do crime organizado”.
ACM Neto afirmou que Jerônimo responsabiliza opositores e críticos pela situação. Para o ex-prefeito, a crise na segurança pública é resultado da “incompetência” do governo do PT, que há 18 anos administra a Bahia. “Os policiais hoje também são vítimas dessa gestão. A responsabilidade não é deles, é do senhor e do seu partido”, frisou.
O vice-presidente do União Brasil salientou que “nenhum estado vive uma situação tão grave quanto a Bahia”. O ex-prefeito declarou que o petista precisa “ter humildade para reconhecer o problema”.
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Discurso de Jerônimo
Na última quarta-feira (16), quando Salvador teve o segundo ônibus incendiado na semana, Jerônimo Rodrigues disse que a violência é um problema “nacional”. O petista declarou ainda que os incêndios a ônibus e trocas de tiros são respostas às operações policiais na região.
“Temos municípios que estão há dois, três anos sem casos violentos, sem mortes violentas. Não dá para dizer que a nossa polícia não está fazendo nada. Estamos acompanhando também cenários no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e outros estados. É (um problema) nacional”, afirmou Jerônimo, em entrevista à imprensa.
O governador ainda ressaltou que espera ser chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar da segurança pública após encerrar o segundo turno das eleições.
“O que nós vimos recentemente foi uma resposta às operações da polícia em busca de facções criminosas, a queima de ônibus, troca de tiros, é uma reação. Não é uma ação para polícia. Nós estamos atentos a isso. Estamos fazendo operações diárias", acrescentou.