Podcast relembra os últimos 40 anos de música baiana
Especial do CORREIO fala das origens e consequências da axé music, além dos novos artistas da nossa música
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Yasmin Oliveira
redacao@redebahia.com.br
Assim como a Bahia, a música produzida por aqui mudou muito nos últimos 40 anos. Em seus 40 anos de existência, o CORREIO viu acordes, batidas e levadas se transformarem e transformarem a vida no nosso estado e, por que não, no país.
Como parte das comemorações das quatro décadas de fundação do jornal, o CORREIO apresenta o podcast 40 Anos de Música Baiana, dividido em duas partes, ambas disponíveis abaixo e, em breve, em plataformas como Spotify, iTunes e Google Podcasts.
Na primeira parte, o jornalista e crítico musical Hagamenon Brito faz um panorama da música produzida na Bahia desde o final da década de 70 até os tempos atuais. Criador do termo ‘axé music’, o jornalista conta como o movimento, que tem como marco inicial a música Fricote, de Luiz Caldas, transformou a cultura baiana. 'O axé desloca o eixo de produção do Rio-São Paulo, faz uma música própria, cria uma indústria própria, cria estúdios, é uma pequena revolução', analisa.
Confira as duas partes do podcast:
Carlinhos Brown, um dos artistas mais citados na gravação, já usou o mesmo termo para definir a importância da axé music. 'Talvez não se tenha uma noção exata do tipo de revolução que nós fizemos. Nesses 40 anos, o melhor de tudo é que isso deu continuidade a outros conceitos de movimento no Brasil', afirmou ao CORREIO, em agosto.
O próprio Luiz Caldas relembrou ao CORREIO, em fevereiro, como foi o início da axé music. 'A diversidade musical era maior. Eram muitos artistas, cada um fazendo seu estilo, a seu gosto. Não é como hoje, que um faz algo e dez imitam. Isso é algo que pode ser que eu tenha um pouco de saudade, de nostalgia, mas não dá pra deixar as coisas pararem', contou.
Hagamenon também conta como previu a decadência da axé music e opina sobre os principais expoentes da nova música produzida na Bahia, além de dizer qual seu top 5 de artistas locais nessas últimas quatro décadas.
Já o jornalista Osmar ‘Marrom’ Martins, referência quando se fala de Carnaval, conta como viveu a cobertura do início do movimento da axé music e como viu os artistas baianos virarem estrelas nacionais da música. 'O axé criou uma geração de produtores e empresários top de linha. Eu viajo pelo mundo, vejo festivais e eventos que a gente não deve nada a ninguém em termos de organização', conta.
O jornalista ainda conta alguns bastidores da nossa música, como o dia em que um Gilberto Gil ainda se recuperando de doença não resistiu a um dos acordes mais famosos do pagode baiano e se levantou para dançar.
O podcast faz parte das comemorações dos 40 anos do Correio*, que teve como celebração principal à nossa música o show CORREIO e Carlinhos Brown - Um Show de 40 Anos, no mês de agosto, com renda revertida para o Instituto de Cegos da Bahia (ICB), projeto apoiado por Brown há dois anos.
*O projeto Correio 40 Anos tem oferecimento do Bradesco, patrocínio do Hapvida e Sotero Ambiental, apoio institucional Prefeitura de Salvador, e apoio de Vinci Airports, Sesi, Salvador Shopping, Unijorge, Claro, Itaipava Arena Fonte Nova, Sebrae e Santa Casa da Bahia.