Mutação genética faz com que alguns cães engordem e tenham ‘fome sem fim’
Pesquisa da Universidade de Cambridge revelou o que está por trás da obesidade canina
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Da Redação
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Uma pesquisa da Universidade de Cambridge revelou por que alguns cães da família dos retrievers engordam com tanta facilidade. Trata-se de uma mutação genética, que faz com que alguns desses animais tenham fome constantemente, mas queimem menos calorias.
Essa mutação do gene conhecido como POMC que faz com que o pet nunca se sinta saciado e tenha menos gasto energético foi encontrada em um em cada quatro labradores e em 66% dos retrievers "flat-coated".
"Isso nos mostra o poder de nossos genes para mudar como nos sentimos em relação à comida", diz o estudo.
A doutora Eleanor Raffan, da Universidade de Cambridge, diz que os cães, assim como os humanos, têm genes que influenciam diretamente em como eles despertam interesse pela alimentação quanto a taxa metabólica.
"Se recebermos uma genética que faz com que a gente sinta fome ou vontade de comer, é preciso um esforço maior para nos mantermos magros", disse em entrevista à BBC News.
Os cães com essa mutação no gene POMC, segundo explica ela, não apenas sentem realmente mais fome, como gastam cerca de 25% menos calorias quando estão em repouso.
Ao todo, mais de 80 labradores participaram do estudo. A raça foi escolhida por ter os mais altos níveis de obesidade do mundo.
A pesquisa, publicada na revista Science Advances, foi financiada pelo Wellcome Trust e pelo Dogs Trust.