Justiça argentina mantém condenação da ex-presidente Cristina Kirchner por desvio de 85 bilhões de pesos

A Câmara Federal de Cassação Penal da Argentina manteve a condenação por corrupção da ex-presidente Cristina Kirchner. Nesta terça-feira (13), a política teve confirmada a pena de seis anos de prisão por administração fraudulenta em prejuízo ao Estado. Além da detenção, Cristina está inabilitada de exercer cargos públicos de forma vitalícia. As informações são do jornal Clarín.

O processo investiga 51 obras públicas realizadas na província de Santa Cruz, onde a ex-mandatária iniciou sua carreira política, durante os mandatos presidenciais de Néstor Kirchner (2003-2007) e da própria Cristina Kirchner (2007-2015). A acusação afirma que a política teria favorecido o empresário Lázaro Báez nas licitações de obras viárias, configurando uma “associação ilícita.” Os valores desviados somariam cerca de 85 bilhões de pesos argentinos, aproximadamente R$ 500 milhões na cotação atual.

A ex-presidente foi condenada pela primeira vez em 2022, em um processo que ela descreveu como "Lawfare", ou guerra jurídica. Kirchner não será presa de imediato, pois ainda pode recorrer na Suprema Corte, última instância do Poder Judiciário.