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Viúvo de Hyara, jovem de 14 anos é solto por decisão judicial


 

Cunhado de 9 anos assumiu autoria do crime

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 14/08/2023 às 19:46:56
Hyara Flor Santos Alves foi morta com um tiro. Crédito: Reprodução

O viúvo da cigana Hyara Flor, morta em Guaratinga, na Bahia, aos 14 anos, foi solto nesta segunda-feira (14). O jovem de 14 anos, que estava apreendido no Espírito Santo, já foi considerado o principal suspeito do crime, que aconteceu no dia 6 de julho.

Na última sexta (11), no entanto, o cunhado de 9 anos da adolescente assumiu a autoria do disparo que a atingiu abaixo do queixo. A família não acredita nessa versão da história.

Nesta segunda (14), o viúvo foi solto após uma audiência em que o menino de 9 anos assumiu, novamente, ser o responsável pelo tiro. A Justiça, então, revogou a apreensão do menor que era esposo de Hyara, com o apoio favorável à revogação por parte do Ministério Público, segundo informou a advogada da família da cigana, Janaína Panhossi.

"Não tive acesso ao teor da decisão, mas soube sim que a juíza revogou a apreensão, logo após a audiência de hoje, em que o irmão dele assumiu ser o responsável pelo disparo. Em hipótese alguma [a família acredita na versão]. O processo segue", disse a defesa. A Polícia Civil fechou o inquérito na sexta.

"No processo de investigação, foi constatado que a vítima estava com o cunhado brincando com a arma no quarto onde foi atnigida. Além de perícia na arma, que indica um disparo com 20 cm de proximidade e compatível com a altura da criança de 9 anos, testemunhas que estavam na casa indicaram que ele estava em outro cômodo no momento do tiro", disse o delegado Robson Andrade, que investigou o caso.

A arma em questão era sogra da adolescente, que foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal.

Família contesta versão

Ainda na sexta (11), o pai de Hyara Flor, Hiago Alves, publicou um vídeo nas redes sociais contestando o inquérito que apurou a morte da adolescente de 14 anos.

"Estou aqui indignado e revoltado, mas já esperava esse inquérito policial. O senhor [o delegado] ouviu três pessoas manipuladas que tiveram tempo suficiente para manipular. Eles estavam soltos esse tempo todo, saíram correndo sem prestar socorro para a minha filha. Eu e minha família estamos muito tristes e revoltados com isso, estamos sofrendo há 40 dias e aí vem uma resposta dessa", disse, no vídeo.

O pai da vítima disse que confia na juíza e no promotor de justiça que devem cuidar do caso. "Nós confiamos muito na juíza e no promotor de justiça, eles não vão aceitar esse inquérito policial. Acima do senhor delegado tem um Ministério Público e tem Deus", afirmou.

De início, havia suspeita de que o crime teria sido cometido por vingança após um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima. Conforme a polícia, não houve provas que comprovassem a versão.