Assine

Veja quais são os golpes mais comuns envolvendo criptomoedas e como evitá-los


 

Grupo de servidores baianos foi vítima de golpe e teve prejuízo de mais de R$ 100 mil

  • Maysa Polcri

Publicado em 04/12/2024 às 06:03:03
Servidores baianos perderam mais de R$100 mil em golpe. Crédito: Shutterstock

Um grupo formado por 13 servidores estaduais baianos caiu em um golpe envolvendo criptomoedas. Eles investiram mais de R$ 100 mil em quatro moedas digitais e não conseguiram sacar o lucro que tiveram com as transações. Segundo Guilherme Celestino, advogado especialista em Direito Digital, os investidores devem estar atentos aos tipos de moedas e solidez das empresas. 

"É super importante que as pessoas prestem atenção em qual é a criptomoeda e façam pesquisas sobre a empresa para saber se existem reclamações. Assim como não se deve investir em qualquer banco. É preciso buscar algo que tenha solidez", avalia o especialista.

Criptomoedas são moedas digitais que utilizam criptografia para garantir a realização de transações. Elas são descentralizadas e por isso existem inúmeros tipos. Guilherme Celestino explica que existem dois tipos de golpes mais comuns relacionados às moedas digitais. 

No primeiro, os golpistas criam uma plataforma e agem como assessores de investimentos. "Eles são o único ponto de contato entre as empresas, geralmente, estrangeiras, e as vítimas", detalha Celestino. Nesses casos, as vítimas até podem receber valores financeiros inicialmente.

Foi o que aconteceu com o grupo de investidores baianos. Os saques iniciais funcionam como iscas para que as vítimas continuem investindo, até que as contas são bloqueadas. O segundo tipo de golpe é menos sofisticado, e as vítimas não costumam receber nem os valores iniciais. 

"Na outra modalidade, tudo é simulado. Os golpistas criam um site 100% fake e mandam prints para as vítimas. A pessoa, nesses casos, deposita o dinheiro diretamente para os golpistas, que simulam o lucro", completa o advogado. 

Servidores vítimas de golpe 

Um grupo formado por 13 servidores públicos baianos denuncia que foi vítima de um golpe digital, entre setembro e novembro deste ano. Juntos, eles investiram R$ 111.335 em quatro criptomoedas através de uma corretora chamada WPAKE Exchange. Após lucrarem com a venda dos ativos digitais, eles foram impedidos de sacar os valores que supostamente ganharam.