Trabalhadores da saúde de Jacobina reclamam de atraso de salários e planejam greve

Profissionais da área da saúde de Jacobina, no centro norte baiano, se organizam para iniciar uma greve nesta sexta-feira (18). Os trabalhadores alegam estar sem receber salários da empresa terceirizada à qual são vinculados. Também denunciam que profissionais que já foram demitidos sem receber o devido pagamento.

Segundo os funcionários, estão sendo afetados dentistas, vacinadores, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de serviços gerais e recepcionistas. "Só estamos atrás do que é nosso por direito, trabalhamos e temos nosso direito de receber, porque temos nossos deveres a cumprir", argumentou uma trabalhadora.

Moradores de Jacobina têm relatado dificuldades para acessar o sistema de saúde municipal, pois, os serviços estão limitados ou interrompidos. Em nota enviada ao CORREIO, a prefeitura de Jacobina justificou que "os serviços referentes aos contratos constituídos, por meio de credenciamento, serão redimensionados em virtude do fechamento do Exercício Financeiro anual".

"Reforçamos que os serviços de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) continuam sendo prestados regularmente para os pacientes com agendamento registrado", completou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A gestão revelou ainda que, segundo consta no contrato, a empresa terceirizada teria até dia 10 para efetuar o pagamento. Deste modo, os trabalhadores enfrentam seis dias de atraso. A previsão é que a situação seja solucionada até a sexta-feira.

O caso chegou a ser denunciado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) pelo deputado estadual Luciano Araújo (Solidariedade). Na tribuna, o parlamentar afirmou que a Secretaria de Saúde tem demitido profissionais da saúde.

"Uma semana após as eleições, o prefeito de Jacobina, senhor Tiago Dias, após ter sido derrotado nas urnas, resolveu abandonar a cidade e os jacobinenses por completo, demitindo médicos, dentistas, fisioterapeutas, e isso faz com que a população entre no maior desespero", afirmou.