Suspeitos de matar pintor que impediu estupro de filha já foram identificados, diz polícia
Josenilson Sousa Vitório, de 47 anos foi morto a pauladas por traficantes
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Da Redação
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Os suspeitos de matar a pauladas o pintor Josenilson Sousa Vitório, de 47 anos, já foram identificados pela 2ª Delegacia de Homicídios, informou a Polícia Civil. Segundo a polícia, a corporação agora "aguarda decisões judiciais" para poder prender os envolvidos. Não foram informados mais detalhes sobre quantas pessoas são oficialmente consideradas suspeitas.
A motivação do crime ainda está indefinida, de acordo com a polícia, mas há algumas linhas de investigações em curso. Familiares e testemunhas já prestaram depoimento. Os trabalhos em rua continuam, para coletar mais informações.
Josenilson foi espancado até a morte por integrantes da facção Bonde do Maluco (BDM), em Cajazeiras XI, neste sábado (23), após impedir que o parente de um traficante estuprasse a sua filha adolescente. Ele teve a casa invadida por seis homens, um deles de prenome Lucas, apontado como gerente do tráfico da região, e foi agredido por quatro horas.
Brutalidade
"Ele apanhou de barrote, mangueira, tubo de PVC. Quebraram vários ossos do corpo dele. Ele foi socorrido pela comunidade até o Hospital Municipal, mas já chegou rígido. No trajeto, ele pediu para a mulher cuidar dos filhos e ainda disse: 'Senhor, entrego a ti a minha alma'", contou um dos moradores da Rua Antonieta, onde o crime aconteceu.
Segundo a testemunha e outros vizinhos da vítima, na sexta à noite (21), o tio de Lucas tentou estuprar a filha de Josenilson, uma jovem de 13 anos. "Ele puxou ela pelo braço e o pai, que estava em casa, ouviu os gritos da menina e foi socorrê-la. Na hora, o tio de Lucas tirou um facão e partiu pra cima, mas Josenilson conseguiu tomar (o facão) e deu uns golpes nele", contou a fonte.
No dia seguinte, a casa do pintor foi arrombada por volta das 9h. "Ele apanhou até às 13h e a família testemunhou tudo. A mulher dele também foi apanhou. Só os filhos foram poupados, a menina de 13, e os meninos, de 15, 9 e 3 anos", contou um outro morador.
Ainda segundo vizinhos, a mulher do pintor foi ameaçada de morte. "O tal do Lucas, o único que estava armado, botou o revólver na cabeça dela e disse: 'Vou pipocar a sua cara de bala. Não chame a polícia'".