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Suspeito de matar jovem na porta de casa no Uruguai tem prisão mantida


 

Audiência foi sobre porte ilegal de arma, e polícia suspeita de envolvimento em latrocínio

  • Maysa Polcri

Publicado em 15/11/2024 às 10:43:52
Roger Oliveira foi preso na quarta-feira (13) por receptação. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O suspeito de matar João Vitor Santos Silva, 17, em frente à porta de casa, no bairro Uruguai, na capital, teve a prisão mantida em audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (15). Apesar de Roger Oliveira Costa ser apontado pela Polícia Civil como o principal suspeito do assassinato, a audiência de custódia foi sobre porte ilegal de arma. A defesa nega que ele tenha envolvimento com a morte de João Vitor. 

Na quarta-feira (13), Roger Oliveira Costa foi preso pela Polícia Civil durante o cumprimento de um mandato. O suspeito havia recebido o benefício da "saidinha", mas não voltou para a prisão. A polícia suspeita que ele tenha assassinado João Vitor durante o período em que estava foragido, o que ele nega. 

Com Roger Oliveira, foram apreendidas duas motocicletas e uma pistola com numeração raspada. A advogada de defesa dele, Fernanda Andrade Silva, afirma que Roger tem provas de ter comprado uma das motos. A outra tem registro de roubo. Durante a audiência realizada nesta sexta-feira (15), a prisão foi mantida. Segundo Fernanda Andrade, Roger Oliveira prestou esclarecimentos sobre a morte de João Vitor, no Uruguai. 

João Vitor Santos da Silva morreu após ser baleado na porta de casa. Crédito: Reprodução

"O álibi dele é que ele estava dentro de casa, no dia do crime, com a mãe e a companheira dele. Solicitamos algumas filmagens no bairro onde ele mora para demonstrarmos que ele estava em casa", explicou a advogada. "Ele não está preso pelo latrocínio, mas acabou que foi ouvido sobre esse crime também", completou Fernanda Andrade. 

A Polícia Civil considera que Roger Oliveira é o principal suspeito do crime, mas o inquérito, segundo a advogada, ainda não foi concluído. Segundo a polícia, Roger e outro homem, ainda não identificado, ambos de moto, abordaram João Vitor na porta de casa para roubar o celular da vítima, que sofreu disparos de arma de fogo. 

Relembre o crime 

Na ocasião, o pai do adolescente, Roberto Teixeira da Silva, contou que o filho estava voltando do trabalho e chegou a chamar por ele quando foi abordado pelos bandidos.

"Levaram a vida do meu filho na porta de casa. João estava voltando do trabalho dele em um hortifruti da Rua Direta do Uruguai. Quando teve o barulho do tiro, em seguida, ouvi João gritar 'meu pai'. Na hora que saí na janela, ele já estava no chão. Corremos para levar ele na UPA e lá, depois de uns 60 minutos, veio a notícia que ninguém queria ouvir", contou, um dia após o latrocínio (roubo seguido de morte).

Segundo familiares, a vítima foi atingida no pescoço pelo disparo realizado por um dos assaltantes. Roberto fala ainda que não chegou a ver os criminosos no momento em que foi dar socorro ao filho.

"Eu ouvi só o estouro e também um barulho de moto subindo. Apesar do povo ter falado e de ter saído rápido, não vi quantas pessoas tinha na moto, a cor da moto, não vi nada. Só vi meu filho no chão. Eu peguei ele na mesma hora, coloquei no carro, mas ele já foi desfalecido. Senti que ele já estava sem respiração", relatou o pai.