Suspeitos de envolvimento na morte de policial federal em Salvador e comparsa são mortos

Um homem apontado como líder do tráfico de drogas em Arenoso e suspeito de participar da troca de tiros que deixou morto um policial federal em Valéria, no dia 15 desse mês, foi morto por policiais em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano. Um comparsa do traficante também foi morto na ação, que teve participação de equipes da Polícia Federal, Rondesp Recôncavo e 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). 

Segundo a polícia o comparsa era responsável pelo tráfico de drogas na região do Areal. Os dois foram encontrados na manhã da quarta-feira (27), no bairro do Embira, em Cruz das Almas, e ao notar os policiais chegando começaram a atirar, segundo as informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Segundo o comandante da Rondesp Recôncavo, capitão Cleiton de Jesus Carvalho, diz que as equipes faziam acompanhamento dos suspeitos quando foram percebidas. No tiroteio que se seguiu, os dois suspeitos, que não tiveram nome divulgado, foram baleados. Eles chegaram a ser socorridos para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas morreram. Um terceiro suspeito que estava com eles conseguiu fugir. 

Com os suspeitos foram apreendidos duas pistolas calibres 9 milímetros e 380, quatro carregadores, 27 munições, um colete balístico, cocaína, roupa camuflada, um veículo modelo Sandero, cor branco, com restrição de roubo e outros itens usados no comércio Ilícito.

O caso foi registrado na Delegacia de Cruz das Almas.

Morte de policial

Além dos quatro suspeitos mortos, três agentes foram feridos no dia da megaoperação em Valéria, que buscava combater uma facção criminosa. O policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, 42 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. A colega dele, Hosannah Carneiro, foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE) e recebeu alta médica no mesmo dia. Já o policial civil Vockton Carvalho Freire precisou passar por uma cirurgia após ser ferido por estilhaços de granada. Ele também já teve alta. 

A notícia de que um policial federal foi assassinado e de que outros dois profissionais ficaram feridos provocou uma reação das autoridades públicas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou nas redes sociais lamentando o ocorrido e informou que o diretor-geral da Polícia Federal, Gustavo Souza, viria a Salvador, viria a Salvador.

“Minha solidariedade aos policiais federais e estaduais atingidos por tiros na manhã de hoje [sexta] na Bahia, quando estavam cumprindo mandados judiciais. Infelizmente o policial federal Lucas faleceu. O diretor-geral da PF em exercício, delegado Gustavo Souza, vai à Bahia para acompanhar os fatos e estabelecer as orientações cabíveis”, escreveu Flávio Dino.

Além disso, 15 policiais do Comando de Operações Táticas (COT) de Brasília e um helicóptero foram enviados para reforçar as equipes da PF. O governador Jerônimo Rodrigues foi questionado durante a entrega de viaturas em Feira de Santana e também lamentou a morte.

“Quero ser solidário à PF, perdemos um homem em confronto com o crime organizado, as facções. A polícia está indo de encontro aquilo que não vai se estabelecer no estado da Bahia, que é a ocupação pelo crime organizado. Vamos continuar firmes. A gente não vai abrir mão da nossa segurança e firmeza para que na Bahia não se instale o crime organizado”, disse.