Subúrbio, Centro Históricos e Cajazeiras têm os maiores índices de infestação de dengue
Capital baiana enfrenta epidemia da doença
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Maysa Polcri
maysa.polcri@redebahia.com.br
Três distritos sanitários de Salvador lideram o ranking de infestação de larvas do mosquito que transmite a dengue: Subúrbio Ferroviário, Centro Histórico e Cajazeiras. A informação faz parte do Levantamento Rápido de Índice para o Aedes Aegypti (LIRAa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com a pesquisa, larvas foram encontradas em 2,5% dos municípios vistoriados na região do Subúrbio.
No Centro Histórico e em Cajazeiras, os índices de infestação são 2% e 1,3%, respectivamente. O Subúrbio e o Centro possuem taxas maiores do que a média da capital, que é de 1,8%.
“Isso significa que foram encontradas larvas do mosquito em quase dois de cada 100 imóveis vistoriados pelas equipes de saúde do município. Este índice aponta um cenário de alerta, mas, no comparativo com o mesmo período do ano passado, houve uma melhora: em janeiro de 2023, a taxa do LIRAa era de 2,4”, pontua a Secretaria de Saúde de Salvador.
A partir dos dados, as ações de prevenção são intensificadas nas localidades, como explica Andrea Salvador, diretora de vigilância de Salvador. “Fazemos a avaliação epidemiológica a partir das notificações para ver onde estão os maiores aglomerados de casos para fazer a intensificação do controle vetorial. Nos distritos com maior número de casos, as ações são planejadas com fumacê e o bloqueio de casos prováveis”, diz.
O bloqueio de casos, uma das ações de controle da dengue, consiste na pulverização de inseticida para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti. “Quando há um caso suspeito de dengue, podemos pulverizar o ambiente em um raio de 50 metros para impedir que o mosquito se aproxime”, completa a diretora.