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Sonho do carro novo: concessionárias têm desconto de até R$ 30 mil no final do ano


 

Veja a lista com as melhores ofertas para compra de veículos zero em Salvador

  • Maysa Polcri

Publicado em 25/11/2024 às 05:27:27
Consumidor baiano pode aproveitar as promoções. Crédito: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

O ditado popular que diz “uma mão lava a outra” resume bem o negócio de carros zero-quilômetro durante o final do ano. Enquanto os clientes buscam descontos, as concessionárias oferecem condições especiais para acabar com o estoque. Na prática, o momento é bom para quem deseja realizar o sonho de comprar o carro novo. Uma pesquisa realizada pelo CORREIO indica que dá para pagar até R$ 30 mil a menos em alguns modelos em Salvador.

É o caso da Retirauto, concessionária da Chevrolet, onde a oferta de final do ano é de até R$ 30 mil na troca do carro usado pelo novo. Além disso, os veículos novos estão sujeitos a descontos de até R$ 12 mil e emplacamento grátis em toda a linha. A gerente de vendas Renata Alban revela que o modelo mais procurado é o SUV Tracker, que sai por R$120 mil. Já o mais barato é o Onix, com valor de R$ 79.990.

As condições especiais de final de ano são semelhantes na Bremen Volkswagen, onde quem procura automóvel zero também pode conseguir bonificação de até R$ 30 mil na troca, além do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) grátis e taxa zero em até 36 vezes. O modelo mais barato é o Polo Track, que custa R$ 87.990, e o mais procurado é o T-Cross, com valor de R$ 119.990.

“O valor de R$ 30 mil, na troca do usado pelo novo, é para a linha Amarok. Mas os carros de entrada também têm descontos de até R$ 5 mil de entrada, como o Polo e o Virtus”, explica João Rocha, gerente de vendas da Bremen.

O momento é bom para comprar carros novos e os vendedores estão dispostos a negociar para zerar os estoques das concessionárias, segundo Everton Andrade, gerente de vendas da Hyundai Pateo. Mas ele admite que os preços ainda estão inflacionados, como reflexo do pós-pandemia.

“Logo que a pandemia terminou, tivemos o reflexo da demanda reprimida. Foi um período muito alto de vendas e, agora, estamos num momento com mais normalidade. Mas que não é igual ao da pré-pandemia”, explica. A Hyundai oferece bônus de até R$ 20 mil para o modelo Creta e desconto de R$ 10 mil no HB20. Ambos com taxa zero.

O mercado

“Novas marcas surgiram no Brasil e acabaram dividindo o bolo em mais fatias”, diz Everton Andrade sobre o mercado em Salvador. É o caso da BYD Auto, fabricante de veículos híbridos e elétricos, que emplacou 458 unidades em outubro na Bahia. A marca, que constrói uma fábrica em Camaçari, já conquistou 5,54% de participação no mercado baiano. Segundo a BYD, em outubro, a marca passou a ocupar a 6º posição no ranking de vendas do estado.

No final do ano, a BYD também oferece condições especiais. O modelo BYD King é vendido por R$ 149,8 mil, o que representa desconto de 14%. Quem adquirir o carro ganha três anos de revisão grátis e um carregador portátil para o veículo. O BYD Song Pro tem bônus de até R$10 mil e sai por R$ 169,8 mil. As ofertas são válidas até o dia 30 de novembro.

As concessionárias da Fiat em Salvador oferecem desconto de 12,4% no modelo Mobi, com valor a vista de R$ 63.990. A promoção é válida até 4 de dezembro ou enquanto durar o estoque. Toda a linha Fit Toro tem bônus de até R$ 15 mil a partir da troca do carro usado pelo novo.

Mesmo com os descontos, ainda há quem prefira os carros usados ou seminovos. É o caso do programador Lucas Souza, de 23 anos, que há três meses está em busca do seu primeiro carro. “Tem sido bem desafiador. Optei pelos modelos usados porque os zero-quilômetro estão muito caros. É difícil encontrar opções acessíveis”, lamenta.

Levantamento feito pela consultoria Jato Dynamics aponta que o valor médio do carro novo no Brasil cresceu 90% em cinco anos - saindo de R$ 74,3 mil, em 2018, para R$ 140,3 mil, em 2023. O preço aumentou significativamente durante a pandemia de covid-19 devido à falta de peças e desarranjos das cadeias produtivas. Mesmo após o fim das restrições sanitárias, os valores ainda não retornaram ao patamar da pré-pandemia.