Solidariedade cogita lançar candidato a prefeito de Salvador e ameaça unidade de grupo petista
Se o Solidariedade lançar candidatura própria, a aliança petista perderá uma sigla na disputa pelo Executivo municipal
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Rodrigo Daniel Silva
rdssilva@email.com
Com posicionamentos diferentes dos diretórios estadual e municipal, o Solidariedade cogita lançar candidatura própria a prefeito de Salvador na eleição deste ano e ameaça a unidade do grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Presidente municipal do Solidariedade, Adriano Meireles criticou o pré-candidato da base petista e atual vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), e defendeu que seu partido tenha um nome na disputa pelo Palácio Thomé de Souza neste ano.
“Nós estamos avaliando, com grande possibilidade, a candidatura própria. É uma possibilidade. É um projeto nosso ter candidato. Se nós entendemos que é melhor para a gente, nós vamos seguir adiante. Não quero me atrelar ao candidato do governo (Geraldo Júnior). O Geraldo não consegue pensar em ninguém. Só pensa nele, no projeto dele. É um projeto político visando fortalecer o nome dele”, afirmou.
Segundo Adriano Meireles, um nome cotado para ser lançado pelo partido é de Adriana Reña, que é ligada ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren) da Bahia.
Já o presidente do Solidariedade na Bahia, Luciano Araújo, disse que recebeu uma proposta de candidatura da executiva nacional da sigla, mas garantiu que o partido vai manter o apoio a Geraldo Júnior. “A gente fez um compromisso e vamos manter. A nossa preocupação hoje não é candidatura própria. A nossa preocupação é eleger os pré-candidatos (a vereador). São mais de 40 candidaturas”, declarou.
Geraldo Júnior foi anunciado como pré-candidato a prefeito de Salvador no dia 21 de dezembro do ano passado pelo governador Jerônimo Rodrigues, que fez questão de salientar que a chapa teria o apoio de 11 partidos. Se o Solidariedade lançar candidatura própria, a aliança petista perderá uma sigla.
O pré-candidato do MDB também tem enfrentado resistência dentro do PT. A “Articulação de Esquerda”, uma das tendências da agremiação partidária, chegou a pedir que o diretório nacional do PT suspendesse o apoio ao emedebista, com o argumento de que o regimento interno petista foi desrespeitado.